QUINTA, 03/06/2021, 16:38

Segundo especialista, variante indiana descoberta em Apucarana deve deixar o coronavírus ainda mais transmissível em toda a região

Idosa infectada pela nova cepa teria tido contato com mais de 20 pessoas, o que, na avaliação da microbiologista, pode ter criado uma “rede de contágio” capaz de espalhar rapidamente a variante.

A chegada da nova variante indiana ao norte do Paraná é motivo de muita preocupação entre os especialistas. O primeiro caso confirmado da nova cepa no estado é de uma moradora de Apucarana. A idosa de 71 anos chegou a ser internada em abril com sintomas da doença, mas, felizmente, acabou se recuperando e recebendo alta. A 16ª Regional de Saúde iniciou nos últimos dias os devidos procedimentos para isolar as pessoas que tiveram contato com a mulher e, principalmente, analisar se a nova cepa já se espalhou entre a população. De acordo com a Secretaria de Saúde de Apucarana, a idosa teria tido contato com mais de vinte pessoas. O filho dela, por exemplo, foi infectado e, diferentemente da mãe, acabou não resistindo aos sintomas e falecendo no mês passado.

Em entrevista à CBN nesta quinta-feira (3), a microbiologista Aline Stipp lembrou que a idosa teve coronavírus em abril e que, de lá para cá, uma verdadeira “rede de contágio” da nova variante já pode ter se formado.

Ainda segundo a especialista, o surgimento da nova variante também deve deixar o coronavírus mais transmissível em toda a região. O alto poder de transmissão da nova cepa já pôde ser visto em Apucarana. A cidade, que registrou cerca de 70 casos da doença por dia em abril, viu esse número subir para 150 no mês passado.

Aline também fez questão de chamar a atenção para o fato de a idosa infectada, que é diabética, já estar imunizada contra a Covid-19. Ao que tudo indica, segundo a especialista, a vacina conseguiu segurar os sintomas mais graves da doença, o que garantiu, na avaliação dela, a sobrevivência da mulher.

A microbiologista disse ainda que os cuidados contra a doença precisam continuar redobrados, ainda mais se levarmos em conta a grande quantidade de casos confirmados todos os dias e, principalmente, a situação caótica registrada nos hospitais, que estão superlotados.

Por Guilherme Batista

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