SEGUNDA, 18/03/2019, 06:55

Seis meses após morte misteriosa de servidora do HU, Polícia Civil ainda não concluiu o inquérito do caso

Investigação ainda espera pelos laudos de três exames feitos na vítima e que devem indicar a causa da morte. Diretora do IML diz que resultados estão dentro do prazo, já que a demanda é grande e os exames são feitos no laboratório central de Curitiba.

O inquérito caminha a passos lentos na delegacia de Bela Vista do Paraíso. Seis meses se passaram e até agora a Polícia Civil não sabe se a servidora do HU foi assassinada ou morreu de causas naturais. Lucélia Pires Ferreira, de 56 anos, foi encontrada morta na represa Capivara, no dia 4 de outubro, um dia após ter desaparecido. O caso teve uma reviravolta na semana passada, com a descoberta pela Divisão de Combate à Corrupção de um esquema de desvio de recursos em contratos do Hospital.

De acordo com a Polícia Civil, a servidora morta também participaria das fraudes. A reportagem da CBN Londrina conversou com o delegado Thiago Vicentini, responsável pela investigação das fraudes, mas ele preferiu não gravar entrevista e disse apenas que, no momento, os agentes se dedicam à análise de todo o material apreendido nas casas dos suspeitos. Mais de seis meses após a morte da servidora, a investigação enfrenta também outra dificuldade: a demora na conclusão de alguns laudos pelo IML, já que o exame de necropsia, feito logo após o crime, não chegou a uma conclusão sobre a causa da morte.

A nova diretora do Instituto Médico Legal de Londrina, Cristiane Ferreira de Souza, que assumiu o cargo há pouco mais de um mês, no fim de janeiro, diz que dos dois laudos que ainda precisam ser concluídos, o toxicológico, já foi entregue pelo laboratório central em Curitiba. O resultado do exame patológico, segundo a diretora, deve chegar em aproximadamente duas semanas.

A diretora do IML explica que o exame toxicológico é uma rotina para todas as mortes violentas. Já o patológico é realizado apenas em alguns casos mais complicados. A investigação também aguarda por laudos do material coletado sob as unhas da servidora do HU, para exame de DNA e identificação de um suposto agressor. Cristiane de Souza afirma que a demanda é grande, já que o laboratório central atende todo o Estado, mas a entrega do resultado está dentro do prazo, que pode chegar a 60 dias.

A diretora avalia que, diante da realidade atual do IML no estado, os laudos desse caso estão dentro dos prazos.

Tentamos falar com o delegado de Bela Vista do Paraíso, Damião Benassi Júnior, para ter informações sobre o andamento do caso, mas não conseguimos contato.

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