Na terceira reunião técnica da Comissão Permanente de negociação com o Fórum das Entidades Sindicais, realizada na última segunda-feira, e que contou com representantes dos sindicatos e da Secretaria Estadual de Fazenda, o Governo apresentou os dados da receita corrente líquida do primeiro quadrimestre. A coordenadora do Fórum das Entidades Sindicais do Estado, Marlei Fernandes, participou da reunião e fala em mais um impasse histórico nas negociações. Ela diz que existe uma grande divergência entre os números da arrecadação estadual que os servidores têm e os apresentados pelo Governo.

A coordenadora avalia que, com essa última reunião, o debate técnico se esgotou e uma proposta oficial dos servidores deve ser apresentada, nos próximos dias, à Comissão Permanente e à liderança do Governo na Assembleia.

A sindicalista diz que as perdas acumuladas pelos servidores do Estado, nos últimos três anos, são de pouco mais de 17%. Marlei Fernandes diz que a única questão discutida no momento é a reposição salarial. Segundo a coordenadora do Fórum das Entidades Sindicais, os servidores reconhecem a dificuldade em repor a inflação de uma vez e estão abertos ao debate para chegar a um acordo.

De acordo com a sindicalista, até agora nenhuma contra proposta foi apresentada. A coordenadora do Fórum das Entidades Sindicais diz ainda que os servidores vão esperar por um posicionamento do Governo até o fim desse mês, data base da categoria.

Marlei Fernandes afirma ainda que uma paralisação marcada para o dia 14 de junho. A sindicalista explica que a Lei Orçamentária, aprovada no ano passado, traz um aumento de receita de mais de 8%, mas os números da arrecadação caíram com a entrada do novo Governo.

A apresentação dos resultados do Governo no primeiro quadrimestre, que ocorreria nesta quarta-feira na Assembleia Legislativa, foi desmarcada. Marlei Fernandes diz que, apesar disso, os sindicalistas vão à Alep tentar convencer os deputados das perdas da categoria nos últimos três anos.

A Secretaria Estadual de Fazenda informou que não vai comentar as negociações com os servidores. Fizemos contato com a Casa Civil do Governo, mas até o fechamento da reportagem não tivemos retorno.