QUINTA, 14/01/2021, 18:20

Setor de serviços acumula crescimento nos últimos meses e consolida reação

Para comentarista de economia da CBN Londrina, números do Paraná mostram que recuperação chegou também ao setor, apesar do déficit ainda grande acumulado em 2020.

Primeiro foi o crescimento na produção industrial, depois no comércio e nos empregos e só então começaram a aparecer indicadores mais positivos também no setor de serviços, que cresceu 2,1% no Paraná em novembro. Foi a quarta variação mensal positiva no segmento desde o início da pandemia. Também houve crescimento em julho, de 1,7%, em agosto, 1,6%, e em setembro, que chegou a quase 3%. O resultado foi superior ao de outros estados, mas ficou abaixo do índice nacional de 2,6%.

Para o comentarista de economia da CBN Londrina, professor Sidnei Pereira, os números são um excelente sinal de que a recuperação da economia, nos patamares anteriores à pandemia, já é uma realidade, que se reflete também no setor de serviços.

Os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, na última quarta-feira, mostram ainda que no caso do setor de turismo, o aumento foi de 1,2% no mês, o que mostra também um início de recuperação, avalia Sidnei Pereira.

Apesar de ter sido a quarta evolução consecutiva, a melhor entre os estados do Sul, novembro teve o menor crescimento dos últimos meses, quando o Paraná chegou a registrar evolução de 30% em agosto.

Mas, para o comentarista de economia da CBN, apesar da pandemia, o setor de turismo deve apresentar números mais consistentes nos próximos dois balanços do IBGE, de dezembro e janeiro, meses de viagens e férias para boa parte da população.

O saldo ainda é ruim para o setor de serviços, afirma o comentarista. Na comparação com novembro de 2019, por exemplo, as perdas somam 8,6% e no acumulado do ano passado chegam a 10%. O segmento que mais encolheu em 2020 no Paraná foi o de serviços prestados às famílias, com queda de pouco mais de 35%.

Apesar desses números, Sidnei Pereira diz que são resultados bem melhores que os projetados nos primeiros meses da pandemia.

A pesquisa do IBGE apura dados de hotéis, agências de viagens, restaurantes, serviços de alimentação, transporte, academias, lavanderias, cabeleireiros e ensino de idiomas, entre outros. Segmentos que estão entre os mais impactados pela crise.

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