QUINTA, 31/05/2018, 17:33

Setor rural ainda calcula prejuízos com a greve, só na área de suínos mais de R$ 107 milhões deixaram de circular na economia do estado

Bancos prometem reavaliar disponibilidade de crédito rural em função da perda de renda e dificuldade de comercialização dos últimos dias.

Após a greve dos caminhoneiros, o setor do agronegócio tenta contabilizar os prejuízos.

No Paraná são várias cadeias produtivas afetadas.

Segundo o levantamento prévio feito pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná – Faep, a previsão é de que 245 mil suínos deixaram de ser abatidos no estado.

De acordo com Jeffrey Albers, economista da Faep, isso significa que em torno de R$ 107 milhões deixaram de circular na economia do Paraná desde o inicio da suspensão dos abates.

A expectativa é que em até 15 dias todo o escoamento da produção e transporte dos animais seja retomada de forma normal.

Em relação aos grãos, as consequências da greve ainda não foram sentidas pelos produtores do Estado, pois a soja e o milho, principais culturas do Paraná, ainda não estão no período crítico para escoamento.

Sobre o preço para o produtor final, Jeffrey acredita que os consumidores não devem se preocupar com o repasse nesse momento.

O economista ressalta ainda que, poderá haver uma consequência na área de crédito, pois já recebeu informações de bancos que vão prorrogar solicitações de produtores rurais, em função de perda de renda e dificuldade de comercialização.

O setor avícola, fundamental para o estado também contabilizou vários prejuízos. O Sindiavipar, que representa 42 abatedouros, incubatórios e frigoríficos paranaenses, previa até fechamento de unidades no estado.   O Paraná é líder nacional na produção e exportação de frangos, durante os 10 dias de greve os frigoríficos ficaram parados. O setor tem mais de dez mil funcionários diretos e movimentou, em 2017, mais de US$ 2,32 bilhões só com as exportações.

O setor ainda não conseguiu fechar os números do prejuízo.

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