Depois de meses de disputa, o cenário político de Cornélio Procópio deve finalmente chegar à uma definição. O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF) , analisou o caso e confirmou que a eleição que colocou Carlos Trautwein na presidência da Câmara foi legítima. A decisão, longa e detalhada, afasta de vez qualquer tentativa de anulação.

A disputa começou na sessão de 1º de janeiro. Na ocasião, a vereadora Thais Takahashi, responsável por conduzir os trabalhos, impediu a candidatura de Rafael Hannouche por irregularidades. A reação foi imediata e o grupo político ligado ao ex-prefeito Amin Hannouche se retirou do plenário. Mesmo assim, os vereadores que permaneceram seguiram o regimento e realizaram a votação, que acabou elegendo Trautwein.

O caso foi parar no Tribunal de Justiça do Paraná ( TJ-PR) que determinou novas eleições para a presidência da Câmara de Vereadores de Cornélio Procópio. Em novo pleito, feito de forma online, Rafael Hannouche foi reeleito para o biênio de 2025/2026.

A discussão foi parar no Supremo Tribunal Federal, que se posicionou favorável à primeira eleição que elegeu Carlos Trautwein na presidência da Câmara Municipal.

Com o posicionamento, não há mais espaço para novas eleições, como chegou a ser levantado pelo juiz eleitoral. A decisão representa mais um revés para o grupo Hannouche neste ano. Além disso, a Câmara deverá dar posse novamente ao presidente e ao suplente que entra no lugar de Joãozinho da Saúde, que perdeu o mandato por decisão do Tribunal Regional Eleitoral devido a abuso político.

O Supremo também reforçou que todas as ações adotadas naquela sessão estavam dentro da legalidade. Com o caso encerrado e Trautwein confirmado no comando, a Câmara agora tem um novo desafio: restabelecer o diálogo entre os vereadores e reconquistar a confiança da população.