SEGUNDA, 21/10/2019, 07:00

Suspenso pelo PSL, Filipe Barros diz que vai à justiça caso decisão da legenda seja confirmada

Racha no partido foi parar nas redes sociais, com o parlamentar londrinense chamando o atual líder do governo na Câmara de tresloucado e desleal.

A disputa interna no PSL começou há duas semanas, quando um grupo de parlamentares do partido, apoiado pelo presidente da República, tentou emplacar Eduardo Bolsonaro na liderança da legenda na Câmara. A resposta do atual líder, o deputado goiano delegado Waldir, não demorou muito. Na sexta-feira, ele anunciou a suspensão de cinco parlamentares do grupo forte do presidente, Bibo Nunes, do Rio Grande do Sul, Carla Zambelli, de São Paulo, Alê Silva, de Minas Gerais, Carlos Jordy, do Rio de Janeiro, e o londrinense Filipe Barros.

Ainda na sexta-feira, o racha no partido foi parar nas redes sociais. A discussão entre Barros e o delegado Waldir se transformou em bate boca. No twitter, o parlamentar londrinense fez um postagem atacando o líder do Governo na Câmara, afirmando que ele é desleal com Bolsonaro. Fala ainda de truculência e represálias com quem pensa diferente.

Em outro post da mesma rede social, Barros se refere ao delegado Waldir como um tresloucado, e completa afirmando que a suspensão dele e dos outros quatro colegas de partido seria uma manobra ilegal. O deputado diz ainda que o atual líder do Governo só se mantém no cargo graças a coações, ameaças e represálias.

No Facebook, Filipe Barros fez uma transmissão ao vivo, de mais de 25 minutos, contando sua versão para o racha no PSL, mais uma vez defendeu Bolsonaro e atacou o delegado Waldir. Disse que não quer sair do PSL, mas mudar o partido, que, para ele, deve muito a Bolsonaro. Na transmissão, Barros diz ainda que é preciso limpar o partido.   

Se a suspensão for confirmada pelo partido, Barros diz que vai à Justiça para tentar anular a decisão.

Comentários