O anúncio de que o laboratório do Hospital Universitário da UEL poderia fazer os exames para detectar a COVID-19 foi feito há mais ou menos três semanas. Deputados estaduais chegaram a cobrar do Governo a descentralização dos testes, até hoje feitos apenas pelo Lacen, em Curitiba. O HU se preparou para realizar os exames, inclusive com ajustes na estrutura e a contratação de pessoal para auxiliar os servidores da unidade.

A grande dificuldade tem sido a falta de insumos no mercado, principalmente o reagente para o teste, chamado de RT-PCR, explica o reitor da UEL, Sérgio de Carvalho, que se diz angustiado com a demora em resolver a questão.

Com a parceria fechada com a prefeitura, a expectativa do reitor é de que possam ser realizados pelo laboratório do HU até 2 mil testes. A capacidade da unidade é de aproximadamente 200 exames por dia. O convênio com o município já foi assinado e parte dos reagentes chegou na sexta-feira.

Em relação ao laboratório do HU, Sérgio de Carvalho explica que algumas adaptações já foram feitas pela unidade, que está preparada para a realização dos testes, e dois profissionais foram contratados para ajudar na tarefa.

O reitor explica que o exame RT-PCR faz um diagnóstico muito mais preciso que os testes rápidos. Para finalizar o processo e começar, efetivamente, a realizar os testes, o HU vai precisar passar por uma validação final do Lacen, uma espécie de contraprova em cinco pacientes da cidade.

Sérgio de Carvalho diz que também existe o compromisso da Secretaria Estadual de Saúde de fornecer mais um lote de testes, mas a Sesa também enfrenta a mesma dificuldade, a falta de reagentes no mercado internacional.