SEXTA, 18/03/2022, 15:53

UEL quer usar máquinas caça-níqueis recebidas da Polícia Militar para desenvolver simulações em laboratório e jogos educativos

Professores e alunos de cursos do Centro de Ciências Exatas da universidade se propuseram a reaproveitar os dispositivos eletrônicos, anteriormente utilizados pela criminalidade, em projetos e iniciativas dentro das salas de aula.

O Centro de Ciências Exatas (CCE) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) pretende iniciar nos próximos dias a análise das 44 máquinas caça-níqueis enviadas à instituição pela 4ª Companhia Independente da Polícia Militar (PM) na última semana. A ideia é reaproveitar os dispositivos eletrônicos em projetos acadêmicos e também na criação de iniciativas que podem ser benéficas a diversos setores da sociedade. Os equipamentos, proibidos desde 2004, tinham sido apreendidos pela PM em operações realizadas no decorrer de todo o ano passado. As noteiras das máquinas, necessárias para o uso delas nos jogos de azar, já foram retiradas e destruídas pela polícia. 

Mas ainda sobraram as estruturas de metal e os hardwares, que foram formatados para a remoção do software que continha os jogos de azar. A ideia agora é usar os dispositivos para o desenvolvimento de programas dentro da grade curricular de cursos que compõem o Centro de Ciências Exatas. De acordo com o diretor do CCE, Silvano Cesar da Costa, as propostas já começaram a ser ventiladas. Enquanto as estruturas de metal serão absorvidas nas atividades dos estudantes de Engenharia, os computadores poderão ser usados, por exemplo, para simular atividades em laboratórios de Química na própria universidade e principalmente em escolas.

Outra ideia, de acordo com o professor, envolve a criação de jogos educativos e de atividades para estimular idosos com Alzheimer em asilos e casas de repouso.

Costa também ressaltou a importância de os projetos estarem sendo planejados em parcerias por ao menos dois centros de estudo, gerando, assim, de acordo com ele, interação entre diversas disciplinas. Ainda conforme o professor, estudantes de Design também devem participar do projeto, ajudando na estética dos totens a serem utilizados e também dos programas virtuais.

Por Guilherme Batista

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