O anúncio de que a universidade implantaria um serviço de telemedicina para capacitar os profissionais da área e ajudar a desafogar o sistema com diagnósticos à distância foi feito pelo reitor da UEL, Sérgio de Carvalho, no início de maio. Mas, nesses pouco mais de 20 dias em que o serviço, direcionado aos médicos dos pequenos municípios, está funcionando, a procura foi pequena, cerca de dois atendimentos por dia.

O coordenador do Núcleo de Telemedicina e Telessaúde do HU, Olavo Franco, afirma que por conta disso, o serviço vai passar a atender também os pacientes do HU negativados para a Covid-19, mas que continuam precisando de atenção médica.

O coordenador diz ainda que a proposta do serviço é ser uma espécie de filtro para o atendimento do HU, hospital de referência da doença para Londrina e quase 100 cidades da chamada macro região norte.

Apesar da procura pequena, o coordenador avalia que o serviço deu certo e acredita que a Covid-19 representaria um divisor de águas na história da telemedicina, que sempre foi relegada a segundo plano. A ideia, segundo médico, é consolidar a telemedicina no atendimento dos pacientes de outras doenças.

O assunto foi, inclusive, tratado com a Secretaria Estadual de Saúde e outras universidades estaduais em uma reunião nesta terça-feira.

Olavo Franco afirma que em função do pico da pandemia e do aumento na quantidade de leitos para a Covid-19 em todo o Paraná, a intenção da Secretaria Estadual é levar o serviço também para outros profissionais da saúde.

As teleconsultas médico x médico são realizadas de segunda a sexta, das 7h às 18h. Para solicitar um atendimento do Núcleo de Telemedicina e Telessaúde do HU, o profissional deve fazer a solicitação à chefia da unidade em que trabalha.