Vacinação contra a gripe em Londrina segue distante do recomendado
De acordo com último boletim epidemiológico, cidade registrou mais duas mortes causadas por doenças respiratórias, chegando a 132 óbitos em 2025
O boletim epidemiológico de Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) desta semana trouxe um dado alarmante em relação à vacinação contra a gripe em Londrina.
Neste ano, apenas 53,09% do grupo prioritário, formado por gestantes, idosos e crianças foram imunizados. Fazendo um comparativo com último boletim divulgado no dia 20 deste mês, houve um pequeno aumento de 0,4%. O recomendado é que 90% do grupo prioritário seja imunizado.
A procura por atendimento relacionado a SG, no Pronto Atendimento Infantil (PAI), caiu de 1.183 para 1094 nesta semana. Já nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) e Pronto Atendimento (PA), que são responsáveis por atender adultos, a procura aumentou de 2.261 para 2.433, cerca de 16% de todo o atendimento nessas unidades de saúde.
A taxa de positivação também aumentou nesses últimos setes dias, saltando de 26,66% para 55,6%, sendo o adenovírus, rinovírus e metapneumovirus os maiores responsáveis pelas infecções dos londrinenses.
Atualmente a cidade conta com 19 adultos e 9 crianças infectadas pelos vírus que causam a gripe.
As mortes seguem crescendo em Londrina. Nos últimos dias, a Secretária Municipal de Saúde registrou dois óbitos causados por doenças respiratórias, totalizando 132 em 2025. É importante lembrar que as mortes só são registradas depois de uma avaliação criteriosa para determinar a causa. Somente depois de todo o processo de investigação, que pode durar semanas, que as mortes são oficialmente incluídas nos boletins, ou seja, as mortes não aconteceram nesta semana, apenas foram registradas.
A vacinação contra a gripe segue em todas as unidades de saúde do município e nos distritos rurais, e está liberada para toda a população acima dos seis meses de idade. Para se imunizar, basta comparecer à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima com a carteira de vacinação e um documento com foto.
O imunizante protege contra três cepas do vírus influenza, sendo que entre os adultos e idosos internados com SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) em Londrina, o tipo A é o dominante.
A Secretaria de Saúde tem adotado a estratégia de imunização além dos muros para descentralizar a vacina e alcançar mais pessoas. Shoppings e mercados da cidade fizeram campanhas de vacinação. Ações semelhantes não acontecem na cidade desde o dia dois de agosto.