O vereador Felipe Prochet (PSD) fez um discurso rápido no plenário, esclarecendo os motivos pelos quais não participou da sessão de julgamento dos vereadores afastados, Rony Alves (PTB) e Mário Takahashi (PV). Ele estava em São Paulo, desde a última quinta-feira, para resolver um problema pessoal. A decisão do vereador foi motivo de muitas críticas e dúvidas sobre o posicionamento dele em relação à votação do último domingo, que acabou absolvendo os dois vereadores.

No plenário, Prochet afirmou que como homem público sempre foi consciente da responsabilidade e da transparência com a população de Londrina, com os eleitores e em especial com a Câmara.

Ele alegou que a sessão de cassação foi marcada depois que ele já havia viajado.  

Felipe Prochet criticou a imprensa que especulou a viagem como uma possível “armação política”, para não participar do processo de cassação dos vereadores. Ele se sentiu desrespeitado.

Ele ainda afirmou que preferiu ficar ao lado da esposa e dos dois filhos pequenos, um deles de apenas pouco mais de um mês, consciente dos riscos que correu. Por esta opção ele alegou que aceita o julgamento da sociedade.

Durante entrevista coletiva, Felipe Prochet afirmou que resolveu assumir o risco.

Para cassar os vereadores eram necessários 13 votos. O voto de Felipe Prochet poderia ser decisivo, já que havia uma expectativa de que ele fosse favorável ao relatório da Comissão Processante (CP). Doze vereadores votaram a favor, três contra e três se abstiveram. O vereador não quis falar sobre o voto.

Jairo Tamura (PR), líder do governo, não compareceu à sessão desta terça-feira, alegando compromisso de trabalho. Péricles Deliberador (PSC), disse que preferiu aguardar a decisão do Ministério Público, para não incorrer em erros.

A outra abstenção foi do suplente, Emanoel Gomes (PRB), que substituiu o autor do pedido da Comissão Processante.

O presidente da Câmara, Ailton Nantes, afirmou que a decisão do voto é responsabilidade de cada vereador.

Nota Retorno – Sobre a situação do vereador Felipe Prochet, uma empresa da família dele foi envolvida num suposto golpe relativo à compra de passagens, que inclui outras empresas no Brasil. Ele alega que teve o nome citado em uma reportagem da ESPN por uma jornalista freelancer que atuava em várias empresas do País. O vereador afirma que a família foi vitima da jornalista e que foi a São Paulo, pedir uma investigação sobre o caso.