Londrina aos 90: Evolução Recordista
Conteúdo baseado em depoimentos de pioneiros e descendentes, orçamentos e outros registros contábeis municipais, censos do IBGE, estatísticas do Departamento Nacional do Café e sucessor (Instituto Brasileiro do Café), acervo da colonizadora e reportagens ao longo das décadas a partir do primeiro jornal, cuja primeira edição circulou em 9 de outubro de 1934, dois meses antes de se instalar o município.
A evolução recordista no título corresponde à cronologia da povoação e urbanização atípicas, sem precedentes no país, causada pela disponibilidade de 1,3 milhão de hectares em condições compatíveis com o poder de compra de colonos naturalmente cafeicultores, pelo trabalho em fazendas, oferecendo-lhes a perspectiva de terem a riqueza para si em vez de transferi-la aos patrões. Numa síntese, “os pioneiros mudaram em 20 anos a geografia do café e estabeleceram o mais denso celeiro alimentar do país”.
As propriedades, pequenas e médias, não eram monocultoras, ainda que tivessem no café a cultura de maior renda.
Credita-se a urbanização a uma corrente migratória constante que introduziu suas economias e experiências para dar o suporte comercial e de serviços à “multidão cosmopolita” ‒ 33 etnias ‒, resultando o polo regional da “zona de maior expansão, a mais dinâmica de todas” que se desenvolveram no país até 1953. Londrina, em pouco mais de vinte anos, “uma espécie de capital”. E não mais cessou o crescimento.
A redução gradativa da cafeicultura a partir dos anos 60 e drasticamente com a geada de 1975, foi superada pela representatividade dos serviços, avanços da indústria, expansão do ensino superior e a introdução da agricultura mecanizada (soja-trigo); a cidade é a sede do Instituto Agronômico do Paraná e do Centro Nacional de Pesquisa de Soja (Embrapa), instalado em 1975.
Aos 90 anos de município, são 555.965 habitantes, dos quais 97,4% urbanos, a quarta maiorpopulação ao sul do país. Existem 209 mil domicílios compreendendo 142 mil casas e 62 mil apartamentos e a cidade figura entre as com maiores índices de verticalização no país e no exterior, proporcionalmente a área e população. Estende-se a urbanização por 129 quilômetros quadrados, a 28.ª no país e a segunda do Paraná.
À exceção de cidades projetadas para serem capitais, com investimentos governamentais, nenhuma cresceu e se modernizou igual a Londrina no mesmo tempo, simultaneamente.
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