SEGUNDA, 20/10/2025, 07:00

Saúde de Cambará passa por capacitação e pode armazenar soros antivenenos

Agora em casos graves de picadas de escorpião, aranha e cobra, os pacientes poderão receber atendimento imediato

O município de Cambará foi habilitado como local de armazenamento de soros antivenenos.  A cidade não tinha local apto para armazenar o insumo e equipamento adequados no hospital municipal. A 19ª Regional de Saúde coordenou a capacitação da equipe e a adequação da estrutura, que foi viabilizada pela prefeitura, garantindo condições adequadas de armazenamento, controle e dispensação dos insumos.

Com a inclusão de Cambará na rede de referência, os casos graves de picadas de escorpião, aranha e cobra poderão receber atendimento imediato, inclusive de municípios próximos, quando indicado pela Regional, mediante suporte do Centro de Informação e Assistência Toxicológica, CIATox.

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) implementou uma força-tarefa e reforçou as ações de vigilância e prevenção contra acidentes com escorpiões. A orientação é que a população redobre os cuidados dentro e ao redor das residências, evitando condições que favoreçam a presença desses animais.

Este ano o Paraná já registrou mais de cinco mil casos de acidentes com escorpiões e três mortes em decorrência da picada.

Os três óbitos foram na 19ª Regional de Saúde de Jacarezinho, que abrange 22 municípios. Dois deles ocorreram em Cambará, um menino de 3 anos e um garoto de 12 anos e em Jacarezinho, uma menina de 4 anos.

A Saúde do Paraná já realizou diversas ações de busca ativa de escorpiões em Cambará, sendo que de julho até agora foram capturados mais de 2 mil animais.

De acordo com o secretário da Saúde em exercício, César Neves, serão disponibilizados 330 mil folders informativos para toda a 19ª Regional, especialmente no município de Cambará, além de ações de mobilização para a população sobre ações que previnam os acidentes por escorpiões.

Os escorpiões se aproximam das casas em busca de alimento, especialmente insetos como baratas, atraídos por lixo e restos orgânicos. Materiais de construção, madeiras empilhadas, tijolos e entulhos também servem de abrigo para os animais peçonhentos, aumentando o risco de acidentes.

Por Silvia Vilarinho

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