SEXTA, 18/12/2020, 11:02

Acusado de lavagem de dinheiro, presidente da Câmara de Vereadores de Arapongas, no Norte do Paraná, é preso pelo Gaeco

Osvaldo Alves dos Santos é suspeito de comandar um esquema de jogos de azar na cidade. Prisão é resultado de operação policial realizada em setembro.

Policiais do Gaeco de Londrina cumpriram na madrugada desta sexta-feira (18) um mandado de prisão preventiva contra o presidente da Câmara Municipal de Arapongas, vereador Osvaldo Alves dos Santos, do PSC. Ele é suspeito de comandar um esquema de jogos de azar na cidade. Procurado pela CBN, o delegado do Gaeco, Ricardo Jorge, confirmou a detenção do parlamentar, e disse que a acusação que embasou o pedido foi a de lavagem de dinheiro. O Ministério Público pediu a prisão junto com a denúncia oferecida à Justiça contra o vereador e os demais envolvidos de participação no esquema.

A denúncia é resultado de uma operação realizada pelo Gaeco em setembro em Arapongas. No dia, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão na casa de Santos, no escritório da suposta organização criminosa e no endereço de uma pessoa acusada de fazer o transporte do dinheiro obtido com os jogos de azar. A principal atividade do grupo, segundo as investigações, seria com o jogo do bicho. Durante os trabalhos, os policiais apreenderam documentos, computadores e uma arma de fogo, além de R$ 100 mil em dinheiro. A quantia foi encontrada pelos policiais em um cofre no quarto do parlamentar. Uma semana após a deflagração da operação, o promotor do Gaeco, Leandro Antunes, chegou a confirmar à CBN que poderia pedir a prisão do vereador, o que aconteceu agora, três meses depois de o caso vir à tona e junto com a denúncia.

A investigação também fez o vereador desistir de buscar a reeleição. Ele retirou a candidatura no final do mês de setembro. O parlamentar nega as acusações e se diz vítima de uma perseguição política. Em entrevista à CBN, o advogado dele, Marcos Prochet, garantiu que o cliente colaborou com as investigações, e que a prisão é ilegal e arbitrária. Ele deve apresentar um pedido de habeas corpus na Justiça nos próximos dias solicitando que o vereador seja solto.

A CBN também procurou a Câmara de Vereadores de Arapongas, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.

Por Guilherme Batista

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