QUARTA, 28/06/2023, 17:16

Após denúncia, Polícia Federal apreende caixas de vinhos contrabandeados em depósito em Londrina

No início do mês, fiscais da Receita já haviam feito a apreensão de 900 garrafas de vinho em transportadoras. Bebida também foi encontrada em encomendas dos Correios.

Equipes da Polícia Federal fizeram a apreensão de diversas caixas de vinho em um depósito na avenida Rio Branco, na zona norte de Londrina, durante a tarde desta quarta-feira (28). Os policiais foram até o local depois do recebimento de uma denúncia. No momento da abordagem, um homem de 37 anos, morador de Londrina, sem antecedentes criminais, identificou-se como o responsável pelas mercadorias, que não tinham notas fiscais de origem e, possivelmente, vieram trazidas do Paraguai e da Argentina. As caixas foram apreendidas e encaminhadas para o depósito da Receita Federal em Londrina. O homem foi conduzido para a Delegacia da Polícia Federal, onde passou por interrogatório. Ele poderá responder pelo crime de descaminho, cuja pena prevista é de 1 a 4 anos de reclusão.

A apreensão é uma de diversas que foram realizadas pelos órgãos federais em Londrina e região nas últimas semanas. No início deste mês, as equipes de fiscalização e repressão ao contrabando da Delegacia da Receita Federal de Londrina realizaram buscas e vistorias em diversas transportadoras da região e, durante os trabalhos, encontraram 900 garrafas de vinho de alto valor agregado - em torno de R$ 150 por garrafa. A mercadoria estava desacompanhada da regular documentação aduaneira e fitossanitária e foi apreendida.

Na semana passada, a Receita também apreendeu R$ 3,5 milhões em mercadorias na Central de Distribuição dos Correios de Londrina. Diversas caixas com vinho estavam entre os itens apreendidos.

A prática da introdução irregular de vinhos no Brasil teve aumento exponencial nos últimos anos, impulsionada por dois fatores principais: o baixo preço da bebida no território argentino e o aumento do consumo de vinhos finos no Brasil. Trata-se normalmente de bebidas caras, que despertam o interesse de consumidores de alto poder aquisitivo. 

Segundo a Receita, esse comércio irregular traz prejuízos para a indústria nacional e para os vendedores que atuam na legalidade, pois ao não pagarem os impostos devidos, os criminosos acabam realizando uma concorrência desleal que inviabiliza as operações dos contribuintes que cumprem suas obrigações. Além disso, essas bebidas ingressam e transitam em condições precárias de armazenamento e conservação, prejudicando as características essenciais responsáveis pelo seu alto valor de comercialização e, principalmente, colocando em risco a saúde dos consumidores.

Por Guilherme Batista

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