O novo decreto estadual que antecipa o toque de recolher, das 22h para as 20h atinge em cheio o setor de restaurantes, mais uma vez. Carlos Grade, diretor da Abrasel, que representa empresários do setor, está indignado. Segundo ele, bares e restaurantes que seguem os protocolos de saúde vêm sendo penalizados há mais de um ano. Em Londrina são mais de mil estabelecimentos de alimentação, instalados em shoppings, passando por uma grave crise financeira.

O empresário ressalta que os custos para os restaurantes, bares e lanchonetes só aumentaram. Além das contas regulares e dos impostos, há gastos adicionais com o controle da pandemia e o preço dos alimentos subiu significativamente, de 30% a 40%. Na contramão, o movimento de clientes diminuiu. Segundo Grade, com a nova restrição de horário, os restaurantes que trabalham com jantar vão perder 80% do faturamento.

Havia uma programação dos restaurantes para o dia dos namorados. Segundo o diretor da Abrasel, as empresas não conseguem mais sequer planejar o estoque. Grade faz um apelo para que o prefeito intensifique a fiscalização nos estabelecimentos que promovem aglomerações, mas que permita aos empresários que cumprem as normas sanitárias trabalharem até 22h.

A queda no movimento dos bares e restaurantes atendidos pela Abrasel passa de 50%.