TERCA, 06/06/2017, 18:23

Atlas da Violência 2017 mostra pequena redução na taxa de homicídios no Paraná. Entre 2005 e 2015, foram 35 mil assassinatos

E Londrina aparece entre as sete cidades menos violentas do estado.

O Atlas da Violência 2017 é uma parceria entre o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ipea, e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. De acordo com o levantamento, a região sul manteve uma estabilidade na taxa de mortes violentas entre 2005 e 2015. O Paraná registrou uma pequena redução de 1,4% nos homicídios no período. Mas essa queda está longe de ser uma boa notícia. Foram mais de 35 mil assassinatos no estado de 2005 a 2015.

Entre as cidades brasileiras pesquisadas, Londrina aparece na posição 203, com 117 assassinatos e oito mortes violentas no período. No ranking paranaense dos municípios menos violentos, a cidade está em 7º lugar.

Entre os municípios mais pacíficos do país, com população acima dos 100 mil habitantes, aparece apenas uma cidade paranaense. Maringá, na trigésima posição do ranking nacional, com 10,8 homicídios no período, é a cidade menos violenta do estado.

Na lista dos 30 municípios mais violentos do país, o Paraná teve dois representantes: Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, ficou em 8º lugar, com uma taxa de 79,4 homicídios por 100 mil habitantes. Almirante Tamandaré, também vizinha à capital do estado, aparece na 17ª posição, registrando 53,8 mortes violentas entre 2005 e 2015.

No Paraná, as mortes decorrentes da intervenção de policiais em serviço aumentaram de 184 em 2014 para 216 em 2015. E também registraram crescimento quando eram policiais fora de serviço, passando de 14 para 25.

De acordo com os pesquisadores, o número de homicídios no país consolida uma mudança no patamar de mortes violentas. Entre 2005 e 2207 registrávamos entre 48 mil e 50 mil mortes por ano.

Segundo o levantamento, em 2015 o Brasil teve mais de 59 mil homicídios, o equivalente a uma taxa de quase 29 mortes violentas por 100 mil habitantes.

O Atlas da Violência também cita um processo gradativo de vitimização da juventude do país, em que os mortos são cada vez mais jovens.

O estudo mostrou que quase 48% do total de assassinatos entre os homens jovens com idade de 15 a 29 anos foi por homicídios. Se forem considerados apenas os homens de 15 a 19 anos, a taxa passa dos 53%.

Ainda segundo o levantamento, no começo da década de oitenta, o pico da taxa de homicídio no país ocorria aos 25 anos. Mais de três décadas depois, esse índice gira na faixa dos 21 anos.

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