O prefeito Tiago Amaral se pronunciou sobre a investigação da Polícia Civil que mira um contrato da CMTU firmado por dispensa de licitação. O objetivo da contratação era revisar a planilha tarifária e fazer um diagnóstico completo do sistema de transporte coletivo. A polícia apura uma possível fraude envolvendo empresas da mesma família e um servidor que teria direcionado o processo.

De acordo com a corporação, o serviço de consultoria foi contratado por R$ 142 mil, e há indícios de simulação de concorrência, já que duas das três empresas que apresentaram orçamentos pertenciam ao mesmo grupo familiar. As propostas, segundo o delegado Thiago Vicentini, eram “extremamente próximas”. A operação cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em Londrina e Curitiba, com apreensão de celulares, computadores e documentos.

O prefeito justificou a dispensa de licitação e afirmou que a auditoria da planilha tarifária é uma exigência do Ministério Público, do Tribunal de Contas e também uma previsão contratual. Amaral destacou que o contrato anterior elevou o custo do transporte coletivo de R$ 70 milhões para R$ 180 milhões, sem previsão orçamentária.

Hoje, segundo ele, a tarifa representa R$ 15 milhões por mês pagos pelo município, dinheiro público que exige controle rigoroso. Questionado sobre o entendimento da Polícia Civil de que o processo deveria ter seguido um rito ordinário de licitação, e não a dispensa, Amaral disse que houve urgência do Executivo em auditar o sistema de transporte.

Sobre possíveis mudanças na diretoria de transportes da CMTU após a operação, o prefeito respondeu que “não tem absolutamente ninguém fixo em lugar nenhum”, reforçando que todos os indicados podem ser substituídos a qualquer momento.