SEGUNDA, 22/07/2019, 06:20

Capivaras, assoreamento e muita sujeira compõem cenário de abandono do Lago Cabrinha

Para biólogo, atual situação é resultado de muitos anos de falta de cuidados por parte do poder público.

Passar pelo Lago Cabrinha é uma missão para poucos. A área que já foi o principal cartão-postal da zona norte de Londrina está, atualmente, abandonada, principalmente no trecho localizado às margens da rua Martim-Pescador, no conjunto Violim. O lago virou um verdadeiro pântano de tanta sujeira e assoreamento. A superfície está tomada por um barro pegajoso, resultado de um grave assoreamento, além de muitas plantas e resíduos diversos, como garrafas plásticas, embalagens de comida e pedaços de madeira. Terra e lixo, que são levados em peso para dentro do lago sempre quando chove forte. Nos últimos meses, uma família de capivaras também se aproveitou da falta de cuidados para montar acampamento no Cabrinha. Os animais chegaram de mansinho e fizeram da área a sua casa. Segundo os moradores, já são pelo menos vinte deles vivendo no lago.

Para o professor-doutor especialista em microbiologia, Galdino Andrade Filho, a atual situação da área de preservação ambiental é resultado de muitos e muitos da falta de providências por parte do poder público.

Para ele, a presença das capivaras, que chegaram até o lago sabe-se lá como, é outra prova de que o espaço foi, realmente, deixado de lado pelo município.

Procurada, a Secretaria Municipal do Ambiente informou apenas que o órgão responsável por fazer a limpeza dos lagos da cidade é a CMTU. A companhia, por sua vez, comunicou que na última semana enviou um barqueiro até o Cabrinha para fazer a retirada de parte dos resíduos. Uma ação que, na avaliação do especialista, passa longe de ser suficiente.

Por Guilherme Batista

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