QUARTA, 28/07/2021, 19:23

Confiança do industrial paranaense cresce pelo quarto mês seguido

Economista da Fiep avalia que aumento de dois pontos de indicador entre junho e julho reflete percepção do empresariado de que a economia está se recuperando e há um retorno gradual à normalidade.

Quatro meses seguidos de uma confiança crescente. É o que revela a pesquisa da Federação das Indústrias do Paraná, a Fiep, feita em parceria com a Confederação Nacional da Indústria. De acordo com a sondagem, o Índice de Confiança do Empresário Industrial chegou a 66,1 pontos em julho. Um aumento de dois pontos em relação ao mês anterior. O chamado ICEI segue uma escala que vai de zero a 100, sendo que acima de 50 ela fica na área de otimismo e, abaixo disso, reflete o pessimismo do empresário.

O economista da Fiep, Marcelo Alves, avalia que, apesar de algumas dificuldades de produção enfrentadas pela indústria desde o início do ano, como a escassez e o alto custo das matérias-primas, o empresariado acabou sendo mais influenciado em julho pelo avanço da vacinação e o maior controle da pandemia.

Alves destaca ainda que o avanço nas articulações em torno das reformas administrativa e tributária pelo Governo Federal, que estavam suspensas, também pode ter motivado o aumento do otimismo do industrial paranaense.

Para o economista da Fiep, fatores como a dificuldade no fornecimento de matérias-primas e a alta da inflação podem atrapalhar a boa fase da indústria, apesar da expectativa geral mais positiva do empresariado.

De acordo com dados do IBGE, de janeiro a junho, o IPCA acumula uma alta de quase 3,8% e, nos últimos 12 meses, chegou a 8,3%.

A pesquisa questionou ainda os empresários sobre a utilização da capacidade instalada das indústrias e 80% responderam ser igual ou maior do que o usual para o mês. Da mesma forma, 76% informaram que o volume de itens produzidos em julho ficou igual ou teve aumento.

Em relação aos empregos, apenas 6% dos empresários ouvidos afirmaram ter havido demissões, 77% relataram uma estabilidade e 18% um aumento do número de funcionários. Para os próximos seis meses, 96% dos entrevistados acreditam que vai haver um crescimento ou a manutenção dos empregos.

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