QUARTA, 23/09/2020, 18:18

Confiança do industrial paranaense é a maior em sete meses

De acordo com Fiep, nível de otimismo do empresário do estado em setembro superou número de antes da pandemia e do mesmo mês de 2019.

A pesquisa mensal da Confederação Nacional da Indústria, feita em parceria com a Fiep, mostra que o Índice de Confiança do Empresário Industrial paranaense chegou a 64,8 pontos em setembro, 3,4 pontos acima de agosto e 5,2 a mais que o registrado no mesmo mês do ano passado. Com o resultado, o indicador da CNI superou o resultado de antes da pandemia, em março.

Em agosto, quando o indicador deu um salto de 12 pontos em relação a julho, já havia uma sinalização de melhora significativa no otimismo do industrial do estado. O economista Evânio Felippe, da Fiep, avalia que os números de setembro da pesquisa apontam claramente para uma trajetória de recuperação da confiança do empresário, principalmente em relação aos próximos meses.

Outros dois pontos analisados na sondagem se referem à compra de insumos. Aqui 58% responderam que esperam um aumento e 40% uma establidade. Evânio Felipe diz que uma das explicações para esse aumento na confiança do empresário são as notícias de retomada da atividade econômica no comércio, serviços e na construção civil, que acabaram influenciando a percepção do industrial.

A pesquisa também mostrou, afirma o economista, que mais de 67% dos entrevistados esperam um aumento na demanda por seus produtos no próximo semestre e 30% uma estabilidade.

O economista explica que apesar das boas perspectivas, o momento ainda é de cautela e que a evolução da confiança do empresário depende da continuidade na flexibilização das medidas de isolamento. Com relação aos empregos, 53% declararam que pretendem manter o quadro atual, enquanto quase 40% devem contratar mais. Evânio Felipe diz que no caso dos investimentos para os próximos seis meses, quase 58% dos industriais confirmaram que pretendem investir.

Questionados sobre o volume de produção nas empresas, comparado com o mês de agosto, 43% dos industriais ouvidos informaram que houve aumento e 45% estabilidade.

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