QUINTA, 05/08/2021, 16:01

Construtora investigada por fraude pela polícia também teria dado calote em mais de dez funcionários em Londrina

Segundo sindicato, trabalhadores chegaram a ser ameaçados por seguranças armados da empresa, que é acusada de lesar pelo menos 32 famílias na cidade em mais de R$ 5 milhões.

A construtora Simão, acusada de fraude pela Delegacia de Estelionatos de Londrina, também seria responsável por uma série de pendências trabalhistas. As informações foram repassadas pelo assessor jurídico do Sintracom, o sindicato que representa os trabalhadores da construção civil na cidade, Jorge Custódio, nesta quinta-feira (5), logo após a realização de uma operação policial que cumpriu mandados judiciais contra a empresa. Foram apreendidos computadores e documentos na sede da construtora na rua Espírito Santo, no centro, e também na casa do proprietário, que não foi encontrado no local e é considerado foragido da Justiça. A empresa é acusada de lesar em mais de R$ 5 milhões pelo menos 32 famílias que, segundo a polícia, pagaram por casas que nunca foram construídas.

Custódio disse que, além do prejuízo aos clientes, a construtora causou uma série de transtornos aos trabalhadores, que foram obrigados a aceitar acordos informais e, em muitas oportunidades, ficaram sem receber os salários. E sempre quando tentavam reclamar, de acordo com o advogado, eles eram intimidados e até ameaçados por seguranças armados contratados pela empresa.

O dono da construtora, que seria de fachada e estaria no nome de “laranjas” que moram em Sarandi, na região de Maringá, é um velho conhecido da polícia. Ele já tinha passagens por diversos golpes praticados em todo o estado e chegou a ser preso em Manaus, no Amazonas, como falso pastor. Custódio comemorou a descoberta do esquema, e disse esperar que o acusado seja localizado o mais rápido possível pela polícia.

Por Guilherme Batista

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