QUINTA, 23/06/2022, 12:00

Convênio entre prefeitura e entidade de Centenário do Sul é alvo de operação da polícia civil

Ministério Público apura desvio de R$ 3 milhões em pagamentos indevidos feito pela associação a servidores públicos municipais, entre outras irregularidades na prestação de contas

A Polícia Civil do Paraná cumpriu nesta quinta-feira (23) 17 mandados de busca e apreensão em Centenário do Sul, no Norte do Estado. Aos ordens autorizadas pela Justiça são decorrentes de investigação contra desvio de recursos de uma associação que tem convênio com a Prefeitura. A investigação, realizada em conjunto com o Ministério Público do Paraná, estima o desvio de cerca de R$ 3 milhões.

Segundo o promotor de Justiça, Renato dos Santos Sant’Anna, , servidores municipais seriam responsáveis por determinar ou autorizar pagamentos pela instituição a beneficiários indevidos. Também foram identificadas transferências da entidade para contas bancárias da entidade para esse funcionários públicos investigados. A entidade, que presta atendimento na área de educação, em Centenário do Sul, também teve o sigilo bancário quebrado desde outubro de 2021.

Para não atrapalhar o andamento das investigações, a justiça também impôs o afastamento temporário das funções de três servidores da prefeitura, entre eles o secretário de finanças e o chefe de gabinete do prefeito Junior Tavian. Uma servidora da Câmara Municipal de Centenário do Sul e de quatro funcionários da entidade, além do bloqueio de bens de 11 pessoas e uma empresa. Agora o Ministério Público vai analisar os computadores, celulares e documentos apreendidos para poder oferecer a denuncia criminal a ação civil pública.

Entre os crimes apurados estão peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As ordens de busca e apreensão abrangem as residências dos investigados e a sede da associação em Centenário do Sul.

O prefeito não concedeu entrevistas. Em nota publicada no site, Tavian, que não está entre os investigados, diz que deiestá “à disposição dos órgãos da Justiça para esclarecimentos que forem necessários. A CBN não conseguiu contato com a APMIF, Associação de Proteção a Maternidade e a Infância, que é a entidade alvo da operação.

Por Guilherme Marconi

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