A coleta seletiva de recicláveis em Londrina, realizada desde 2015 por sete cooperativas de catadores, vive um momento de indefinição. O contrato com a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) vence em outubro, e a previsão é que um novo modelo seja licitado somente em novembro.

Hoje, as associações, Cooper Região, Cooperoeste, Coocepeve, Coopermudança, Coopernorth, Cooper Refum e Ecorecin, são responsáveis por toda a operação de coleta, transporte, triagem e destinação dos resíduos recicláveis em 100% da área urbana de Londrina, além de distritos e vilas rurais. Elas atuam com base em contrato firmado por dispensa de licitação, que garante repasses por imóvel visitado, insalubridade, INSS, aluguel de barracões e custos operacionais.

PSegundo Zagueo Vieira, presidente da Cooper Região, para o novo contrato, são necessários apenas alguns reajustes. Vieira ainda relatou que foi repassada para as cooperativas a elaboração de dois modelos de contratos de funcionamento.

Outro ponto que o Presidente da Cooper Região levantou foi a conscientização em relação a reciclagem. Desde o dia 1º de janeiro, foram recolhidas mais de 73 mil toneladas de lixo domiciliar na área urbana, distritos, vilas rurais e patrimônios de Londrina, do qual 31,5% de resíduos poderiam ter sido reciclados.

Em 2022, a CMTU tentou terceirizar a coleta de recicláveis por meio de uma licitação de R$ 6,5 milhões, mas a Justiça suspendeu o edital após ação do MP-PR. Em 2023, o Tribunal de Justiça do Paraná determinou que o serviço deve ser executado exclusivamente por cooperativas, incluindo coleta, triagem e destinação. O MP continua acompanhando o caso para garantir o cumprimento do Plano Municipal de Resíduos, que assegura o protagonismo das cooperativas e veda sua substituição por empresas privadas.