Um efeito dominó. Primeiro foi um pilar da laje do Tribunal do Júri que desabou, empurrando uma primeira árvore, que caiu por cima de outra e, por sua vez, derrubou os postes de energia. A vistoria feita no fórum, nesta quinta-feira, pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia constatou que a obra tem um Engenheiro Civil como responsável técnico e está com a documentação em dia. A empresa que faz a demolição do prédio, segundo a fiscalização do Crea, também está com o registro regular.  

O fiscal do órgão em Londrina, Alexandre Barroso, explica que as vistorias são feitas em todas as obras onde ocorrem acidentes. Ele destaca que meia hora antes, o expediente dos operários acabou e apenas um tratorista estava no local no momento do desabamento, o que evitou uma tragédia.

O fiscal do Crea adianta que o incidente pode ter sido causado por um erro de cálculo do local onde o pilar deveria cair.

Alexandre Barroso explica que a vistoria vai produzir dois relatórios. Um deles do serviço de demolição e outro especificamente do acidente. Quando ficar pronto, o material será encaminhado à Câmara Especializada de Engenharia Civil do Crea, em Curitiba.

Segundo o fiscal, se ficar constada imperícia, imprudência ou negligência profissional, o Conselho inicia um processo administrativo para apurar e responsabilizar os profissionais envolvidos na obra e que pode levar até à cassação do registro do responsável técnico.

O novo Fórum Criminal vai abrigar 18 varas judiciais e está sendo construído por uma empresa de São Paulo, que venceu a licitação de R$ 52 milhões lançada pelo Tribunal de Justiça. O prédio de 25 mil m² vai ter sete pavimentos e três subsolos para estacionamento.