QUARTA, 23/10/2019, 19:20

Delegado de Homicídios afirma que crime do Bosque segue tendo como principal linha de investigação o roubo seguido de morte

Apesar da confissão do suposto assassino, que também afirmou ter matado um jovem de 21 anos na praça Rocha Pombo no início da semana, delegado diz que é preciso reunir mais provas.

O corpo de Fábio Ábila, de 49 anos, foi encontrado na segunda-feira, 14 de outubro, em pleno Bosque Central. O cozinheiro teria ido à parada gay na noite anterior. Ele estava sem bermuda, a cueca estava abaixada e havia um cadarço de tênis em volta do pescoço. Os parentes da vítima, já foram ouvidos no inquérito, que está sob responsabilidade da delegacia de Homicídios, e confirmaram que a carteira do rapaz foi levada. Por isso a linha de investigação da Polícia Civil mudou de um homicídio para um latrocínio, o roubo seguido de morte.

Mesmo com a prisão de Fernando Inácio Andrade, de 21 anos, que confessou a morte do jovem Hannan Silva na praça Rocha Pombo, na segunda-feira, e também o assassinato de Fábio Ábila, o delegado de Homicídios, João Reis, afirma que a tese do latrocínio continua como a principal linha de investigação e que o trabalho da Polícia Civil agora é no sentido de reunir provas.

No primeiro depoimento à Polícia Civil, o assassino revelou que tudo começou com uma proposta sexual não aceita e uma briga que acabou com a morte do jovem. O delegado de Homicídios diz que as imagens das câmeras de segurança da região seguem sendo analisadas, mas a principal dificuldade é a quantidade de entradas para o Bosque.

A Polícia Civil aponta que Fernando seria garoto de programa. A Comissão de Direitos Humanos da OAB Londrina quer que o caso seja investigado como um crime de homofobia. Mas, o delegado diz não acreditar nisso, apesar de não descartar nenhuma hipótese.

Até a noite desta quarta-feira, Fernando Inácio Andrade, que já cumpriu pena de um ano e dois meses em regime aberto pelo roubo de um celular em Maringá, não tinha advogado constituído.  

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