TERCA, 18/01/2022, 17:20

Denúncia expõe situação precária do prédio do Caps III, na zona norte de Londrina

Fotos enviadas à CBN mostram mofo no teto, portas sem fechaduras e tomadas e chuveiros com fios expostos, o que colocaria em risco a saúde e o bem-estar dos pacientes. A escala de médicos da unidade também estaria desfalcada.

A reportagem da CBN recebeu esta semana uma série de imagens que mostram a situação precária do prédio do Caps III, o Centro de Atenção Psicossocial, que fica na zona norte de Londrina e é responsável por atender pacientes com transtornos mentais.

A unidade, que funciona 24 horas por dia, estaria com a escala de médicos desfalcada em determinados horários do dia. Uma das imagens enviadas à reportagem mostra a escala dos sete profissionais que atendem no Caps III. Eles atuam em três turnos diferentes: o da manhã, das 7h às 13h; o da tarde, das 13h às 19h; e da noite e madrugada, das 19h às 7h do dia seguinte.

Os nomes estão divididos em diversas abas nas tabelas, mas, em alguns casos, os espaços estão ocupados apenas pelo termo “plantão técnico”, o que, na prática, significa que não haverá médicos à disposição para receber os casos de urgência e emergência. Nesta terça-feira, por exemplo, o termo “plantão técnico” foi utilizado para preencher o turno da tarde dos profissionais. Ele também é usado no decorrer desta semana, entre os turnos da tarde e da noite de quarta (18), quinta (19) e sexta-feira (20).

Na próxima semana, segundo a escala, também não haverá médicos atendendo na unidade na tarde de terça (25), na manhã de quarta (26) e durante as tardes de quinta (27) e sexta-feira (28). A falta de profissionais estaria atrasando a realização de diversas consultas.

As demais imagens encaminhadas à CBN mostram problemas na parte estrutural do prédio. Elas expõem mofo no teto, muitas portas sem fechaduras e fios e chuveiros com os fios expostos, o que colocaria em risco a saúde e o bem-estar dos pacientes.

Ainda segundo a denúncia, o prédio possui um problema grave de infiltração e registra alagamentos sempre quando chove forte.

Sobre a série de problemas, a prefeitura se posicionou apenas por meio de uma nota, informando que o prédio deverá passar por reformas ainda este ano. Em relação à suposta falta de médicos, o município ainda não se manifestou.

Por Guilherme Batista

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