QUARTA, 03/01/2018, 18:41

Depois da fuga e rebelião da semana passada, delegacia de Cambé vai ter que esperar cerca de 30 dias para ser vistoriada e iniciar reformas

Segundo delegado interino, alguns presos foram transferidos e pequenos consertos já começaram a ser feitos por conta própria.

A situação na delegacia de Cambé, que já não era das melhores antes da fuga seguida de rebelião, ficou ainda pior. Foi o terceiro caso só em 2017. Além de uma tentativa frustrada pelos agentes. Nessa última, doze presos fugiram da carceragem na madrugada do dia 27 de dezembro.

Com a fuga, alguns detentos decidiram atear fogo nos colchões. Quatro deles foram recapturados no mesmo dia e um foi localizado na última terça-feira, em Arapongas. Alguns presos acabaram se queimando durante o incêndio e precisaram ser internados. Um deles teve um pedido de prisão domiciliar aceito pela justiça e se recupera em casa.

O delegado interino de Cambé, Vítor Dutra, diz que outros cinco presos foram transferidos da cadeia e sete continuam foragidos. Segundo o delegado, com o incêndio uma ala da carceragem chegou a ser interditada, mas já foi liberada.

De acordo com o delegado Vitor Dutra, vai ser preciso aguardar uma avaliação completa, tanto da Paraná Edificações quanto do Corpo de Bombeiros para saber a real extensão dos danos.

Segundo o delegado a perícia deve ser feita em 30 dias. Dutra, que é titular da delegacia de Ibiporã, assumiu interinamente a unidade de Cambé e diz que as duas estão em situação delicada.

A cadeia de Cambé sofre com a superlotação há um bom tempo. Segundo o delegado, a carceragem tem capacidade para 45 detentos, mas no momento da fuga tinha mais de 190 presos. O delegado diz ainda que do total de presos na cadeia, mais de 100 já têm condenação e deveriam estar em um presídio.

Em Ibiporã, o panorama é bem parecido. A cadeia tem capacidade para 35 presos, mas está com mais de 150.

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