SEGUNDA, 14/02/2022, 07:00

Endividamento dos paranaenses segue em estabilidade no primeiro mês do ano, indica pesquisa da Fecomércio

Apesar disso, levantamento aponta que mais famílias de renda inferior estão com pendências. Cartão de crédito continua sendo principal tipo de dívida.

Segundo os novos dados divulgados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio-PR), o índice de endividamento das famílias do estado não apresentou grandes mudanças em janeiro, quando comparado a dezembro de 2021

No primeiro mês do ano, a taxa de paranaenses com alguma pendência ficou em 93%. No período anterior, o percentual era de 93,1%. Apesar da pequena redução, o atual resultado apresenta um crescimento de quase 4%, quando comparado ao mesmo mês do ano passado.

No entanto, o coordenador de Desenvolvimento Empresarial da entidade, Rodrigo Schmidt, aponta que este aumento pode ter relação com um panorama de maior confiança da população quanto à área profissional.

Ele lembra ainda que o volume de pessoas que estão com contas atrasadas registrou um recuo de mais de 5%, no levantamento realizado em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Neste período, a quantidade de inadimplentes no estado também caiu, com uma redução de 4,3%.

A pequena queda no índice de endividamento foi puxada pelas famílias que ganham mais de 10 salários-mínimos, com recuo de 2,4%. Por outro lado, a pesquisa registrou um ligeiro crescimento na taxa entre aqueles que têm renda inferior a este patamar, com aumento de 0,3%.

Segundo Schmidt, esta elevação indica que há uma maior quantidade de paranaenses se endividando para garantir itens prioritários.

O levantamento da Fecomércio mostra ainda que o cartão de crédito continua sendo o principal vilão das famílias paranaenses, sendo o principal tipo de dívida, com 77,5% do total registrado. Em seguida, o financiamento imobiliário acumula 9,2% das pendências e o financiamento de carros registrou uma queda em janeiro, quando comparado a dezembro de 2021, e ficou em 7%.

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