TERCA, 19/03/2019, 08:01

Ex-governador do Paraná, Beto Richa volta a ser preso

O ex-governador Beto Richa foi preso pela terceira vez na manhã desta terça-feira (19), dessa vez na Operação Quadro Negro, que apura desvios de, pelo menos, R$ 20 milhões de verbas direcionadas para a reforma e construção de escolas públicas no Paraná.

A prisão de Richa foi feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná (MP-PR).

Além de Beto Richa, também foram presos Ezequias Moreira, ex-secretário especial de Cerimonial e Relações Exteriores do Paraná e o empresário Jorge Atherino, apontado pelo Ministério Público como operador financeiro de Beto Richa.

Também são cumpridos mandados de busca e apreensão em Caiobá, no litoral do Paraná, e Porto Belo, em Santa Catarina, ambos em imóveis pertencentes à família do ex-governador.

Segundo o Ministério Público do Paraná, as fraudes foram cometidas em aditivos de obras fechados com a Construtora Valor, autorizados pelo governo estadual.

Na última semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, concedeu mais um salvo conduto para Richa e familiares, que impede a prisão do ex-governador na Operação Integração, que investiga fraudes em pedágios no chamado Anel de Integração, e na Operação Rádio Patrulha, que investiga desvios no programa Patrulha do Campo.

A defesa de Beto Richa se manifestou sobre as prisão, confira: 

"A defesa de Carlos Alberto Richa esclarece que a determinação de prisão exarada hoje não traz qualquer fundamento. Tratam-se de fatos antigos sobre os quais todos os esclarecimentos necessários já foram feitos. Cumpre lembrar que as fraudes e desvios cometidos em obras de construção e reforma de colégios da rede pública de ensino foram descobertos e denunciados pela própria gestão do ex-governador Beto Richa. Por orientação do ex-governador, no âmbito administrativo, todas as medidas cabíveis contra os autores dos crimes foram tomadas. A defesa repudia o processo de perseguição ao ex-governador e a seus familiares; todavia, segue confiando nas instituições do Poder Judiciário. Guilherme Brenner Lucchesi." 

Repórter William Bittar - CBN Curitiba

Por Pauta CBN

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