SEGUNDA, 27/09/2021, 14:41

Falta de medicamentos contra o câncer de tireoide aumenta sofrimento de 600 pacientes do HC em Londrina

Problema na destinação dos recursos para compra de insumos ocorreu em nível federal e já inviabiliza diversos procedimentos

Fazer o diagnóstico do câncer de tireoide, o acompanhamento dos pacientes diagnosticados e o pós-cirúrgico está inviável no Hospital do Câncer de Londrina. Os principais insumos para medicamentos utilizados nestes procedimentos, no Brasil, são importados. Entretanto, o aporte financeiro para compra desses fármacos não foi feito dentro do prazo e a partir desta semana já não é possível atender adequadamente 80 pacientes dessa especialidade. Edmilson Garcia, administrador geral do HCL explica que para estas pessoas, não há plano B para a ausência do medicamento.

Ao todo, o Hospital do Câncer de Londrina atende 600 pacientes com câncer de tireoide. A expectativa é que os procedimentos sejam normalizados entre os dias 04 e 11 de novembro. Até lá, estão sendo estudadas medidas paliativas e a remarcação de procedimentos cirúrgicos. Os médicos estão analisando caso a caso para verificar quem precisa de intervenção imediata e quem pode aguardar um pouco, sem prejuízo. A maior preocupação, segundo Garcia, é com o pós-cirúrgico.

A produção de radiofármacos é feita pelo Ipen, Institudo de Pesquisas Energéticas e Nucleares, que teve o orçamento afetado. Nesta semana o Ministério da Economia anunciou a liberação de R$ 19 milhões em crédito suplementar para que a importação dos insumos seja retomada.

Por Livia de Oliveira

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