QUINTA, 27/06/2024, 12:29

Família decide revitalizar barracão histórico da rua Paraíba

Engenheiro responsável aguarda a liberação dos recursos para iniciar a reforma, mas a Prefeitura alega que não há pedido de licença para a revitalização e que o processo de demolição continua na justiça

No ano em que Londrina comemora 90 anos, a cidade ganha um presente: mais um imóvel histórico da cidade será preservado. Os herdeiros do barracão da rua Paraíba com a travessa Belo Horizonte decidiram reformar o prédio. Desde novembro do ano passado, uma quadra da travessa Belo Horizonte foi interditada pela prefeitura que indicou o risco de desabamento de uma parede. A via está bloqueada para o tráfego de veículos.

O engenheiro civil Edson Schmitt foi contratado por um dos herdeiros e será o responsável pela obra. De acordo com Schmitt, a reforma será iniciada assim que os recursos forem liberados pela família e deve durar 30 dias.

O barracão construído em 1937, tem 900 metros quadrados e no local funcionava a Máquina de Café Santa Maria. De acordo com o engenheiro, o responsável pelo imóvel conseguiu uma licença para demolição na Secretaria Municipal de Obras, mas mudou de ideia, pediu o cancelamento e solicitou alvará para revitalização. A parede com risco de desabamento fica na travessa Belo Horizonte e está cercada por tapumes. O projeto estrutural já está pronto.

O engenheiro destaca que a revitalização é vantajosa tanto para o município quanto para os proprietários. Para Schimitt, o valor do imóvel é inestimável.

Em fevereiro deste ano, a justiça determinou que os donos do imóvel deveriam tomar as providências necessárias para eliminar os riscos de desabamento do barracão. Após o fim do prazo judiciário para demolição e a solicitação do cancelamento do alvará pelos herdeiros, no último dia 24 de junho, a procuradoria geral do município encaminhou um requerimento à justiça para que a multa diária seja aumentada para R$ 1 mil e que os donos do barracão sejam intimados novamente para realização da obra com urgência.

O procurador geral do município, João Esteves explicou que o processo judicial para demolição corre normalmente com a aplicação de multa porque não há qualquer informação ou comunicado da secretaria de obras quanto à reforma do barracão.

 

Por Juliana Takaoka

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