Gato-maracajá é encontrado morto na marginal da PR-445; suspeita é de atropelamento
O corpo do animal, em risco de extinção, foi recolhido pelo Hospital Veterinário da UniFil. Somente este ano, quatro gatos-maracajá foram resgatados pela instituição após serem atropelados.
Um gato-maracajá adulto morreu após ser supostamente atropelado na marginal da PR-445, nas proximidades da avenida Ayrton Senna, na zona sul de Londrina. O corpo do animal, que corre risco de extinção, foi encontrado no início da manhã desta sexta-feira (11). Ele apresentava um ferimento na cabeça, possivelmente causado pelo impacto contra o veículo que o atropelou. Uma equipe do Hospital Veterinário da Unifil, que é especializado no resgate de animais silvestres, foi até o local para fazer o recolhimento do corpo do animal. Segundo a médica veterinária Daniele Martina, o bicho deve passar por exames e estudos na instituição. Somente este ano, conforme ela, o hospital fez o resgate de quatro gatos-maracajá que acabaram atropelados na região.
O gato-maracajá é um pequeno felino nativo das américas Central e do Sul. Normalmente, ele vive sozinho e tem hábitos noturnos. Na região norte do Paraná, o animal tem o costume de habitar plantações de cana-de-açúcar, onde, segundo a veterinária, encontra comida para si e seus filhotes.
Daniele explicou que, de alguns anos para cá, animais silvestres como o gato-maracajá e a onça parda passaram a aparecer mais no perímetro urbano das cidades por conta da falta de matas na região. Sem habitat natural, de acordo com a veterinária, eles precisam se arriscar atrás de comida.
Ela também fez questão de repassar orientações às pessoas sobre como proceder quando encontrarem animais silvestres fora de seu habitat natural.