Um grupo de pessoas começou a se mobilizar nas redes sociais contra a lei, sancionada recentemente pelo prefeito Marcelo Belinati, que proíbe o consumo de bebida alcoólica pelas ruas da cidade depois das dez horas da noite. A norma é uma resposta ao grande número de reclamações de moradores, principalmente do entorno da avenida Higienópolis, no centro, contra a aglomeração de jovens que costumam ficar até altas horas no local. Segundo as denúncias, os grupos bebem, gritam, sujam as calçadas e até consomem drogas.

Por outro lado, o grupo que critica a lei defende o direito constitucional do ir e vir, e garante que, se houvesse mais fiscalização por parte do poder público, os excessos denunciados pela população seriam coibidos.

A insatisfação contra a lei promete ganhar corpo num protesto intitulado “Marcha da Cachaça”, marcado para acontecer no próximo domingo, a partir das três horas, justamente na avenida Higienópolis. Os mais de 1.200 participantes que já confirmaram presença no evento do Facebook prometem fazer uma caminhada pela via, entre o jardim Guanabara e o posto de combustíveis que se tornou o ponto de encontro do grupo.

Por outro lado, a prefeitura garante que vai começar a fiscalizar a aplicação da lei já no próximo mês. Caberá à Guarda Municipal a função de coibir o consumo de bebida alcoólica entre as dez horas da noite e as oito da manhã do dia seguinte. Também ficou proibido o consumo do álcool durante qualquer horário num distância de até 300 metros das escolas.

Segundo o secretário de Defesa Social, Evaristo Kucek, quem descumprir a lei poderá ser multado em até 500 reais. Os guardas vão identificar o infrator e lavrar a autuação, que, posteriormente, será aplicada pela Secretaria Municipal de Fazenda.