QUARTA, 20/06/2018, 18:46

Guarda Municipal acusado de matar jovem na região norte de Londrina tem Habeas Corpus negado pela Justiça

Michael de Souza Garcia, é acusado de homicídio qualificado e fraude processual junto com outro guarda.

O Guarda Municipal, Michael de Souza Garcia, teve o Habeas Corpus negado pela justiça.

Ele e outros dois guardas estão envolvidos na acusação da morte de Matheus Ferreira, de 18 anos. Testemunhas dizem que o jovem teria sido morto por disparos feitos a partir da arma de um Guarda Municipal que atendeu a ocorrência na noite do dia 11 de março em uma festa na região norte de Londrina.

De acordo com o advogado Guilherme Tenório Araújo, defesa de Michael, um novo Habeas Corpus será apresentado à justiça. Para ele não há provas da culpa do cliente.

Michael e o GM Fernando Neves, estão presos e são acusados de homicídio qualificado e fraude processual. Outro guarda que estava junto durante a operação está solto, mas afastado das funções.

A advogada Mariana Rodrigues, que defende Fernando Neves, disse que espera o momento certo para solicitar um Habeas Corpus, mas que não vai se manifestar por enquanto sobre o caso.

Já o advogado Rafael Garcia, que defende João Vitor Góes de Arruda, guarda afastado das funções, afirma já ter apresentado a defesa do cliente e aguarda a absolvição sumaria.

Os três agentes dizem que encontraram o rapaz já baleado e em seguida o colocaram na viatura e foram para o Hospital da região norte, não cumprindo o protocolo legal.

A Corregedoria da Guarda Municipal iniciou procedimento que apura o envolvimento dos três guardas na morte do jovem, no início desse mês, três meses depois do ocorrido.

Os prazos para o procedimento de investigação interna é de 90 dias podendo ser prorrogado para mais 90 dias. Não tem prazo certo para que os acusados sejam ouvidos pela Corregedoria, a Guarda Municipal ainda analisa e recolhe documentos do inquérito para usar nas investigações internas.

Se comprovado que os guardas estão envolvidos na morte eles podem ser exonerados, além de cumprirem as condenações judiciais.

O inquérito policial foi finalizado em maio, foram quase dois meses de muitos depoimentos e buscas por provas que pudessem elucidar a morte do jovem. Das cerca de 40 pessoas que estavam na cena do crime, mais de dez testemunharam à Polícia Civil.

De acordo com o inquérito há inúmeras provas do envolvimento dos guardas o que levou a uma fraude processual e homicídio qualificado, com dolo eventual. Para a polícia foram dois disparos um feito pelo GM Michael Garcia, logo que a equipe chegou no local. O segundo teria sido feito pelo GM Fernando Neves, alguns segundos depois. Por isso, ambos permanecem presos.   

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