TERCA, 03/12/2019, 19:08

Hospitais filantrópicos de Londrina e região recebem R$ 43 milhões de recursos estaduais

Verba é para realização de obras e compra de equipamentos diversos. Investimento, no entanto, não muda a situação da Santa Casa, que vai receber R$ 2,3 milhões, mas ainda aguarda recursos do SUS para normalizar atendimento.

O Governo do Estado autorizou nesta terça-feira o repasse de R$ 78 milhões para diversos hospitais filantrópicos do Paraná. Cerca de R$ 43 milhões, ou seja, mais da metade do montante, vão ser enviados para instituições de Londrina e de cidades do norte do estado. A verba é para a compra de equipamentos diversos e a realização de obras específicas, que podem ajudar os hospitais a melhorarem o atendimento oferecido aos pacientes atendidos pelo SUS. Quem destaca é o secretário estadual de Saúde, Beto Preto.

O Hospital da Providência de Apucarana, por exemplo, vai receber R$ 17,6 milhões para modernizar a estrutura da maternidade. As obras devem ter início em janeiro e durar um ano e meio. Dois hospitais de Arapongas também vão ser contemplados: o Honpar, Hospital Norte do Paraná, vai receber R$ 16,9 milhões; e a Santa Casa da cidade, cerca de R$ 1,5 milhão, conforme destacou o secretário.

Instituições de Astorga, Cambará, Cornélio Procópio, Jacarezinho e Uraí também vão receber recursos, assim como a Santa Casa de Londrina, contemplada com R$ 2,3 milhões para a continuidades das obras no setor de leitos de internação e de UTI. Já em relação a equipamentos, vão ser adquiridos, com os recursos, incubadoras, camas, respiradores, autoclaves, lavadoras, centrífugas, termodesinfectadoras, cilindros e focos cirúrgicos. O secretário estadual de Saúde destaca que, até o final de 2022, vão ser investidos mais de R$ 300 milhões nos mais de cem hospitais filantrópicos do estado.

Apesar do investimento autorizado, a situação de crise dos hospitais em Londrina não deve mudar muito. A liberação dos recursos, por exemplo, não vai fazer a Santa Casa normalizar o atendimento, que está restrito apenas para casos de urgência e emergência desde outubro. Por meio da assessoria de imprensa, a instituição reiterou que o dinheiro estadual é para realização de obras e não para custear as consultas realizadas pelo SUS. O hospital argumenta que ainda espera pelo repasse de R$ 11 milhões por parte do Ministério da Saúde referente a atendimentos realizados neste ano e que ainda não foram quitados. A própria Secretaria Municipal de Saúde admite que o valor mensal enviado pelo sistema está defasado em pelo menos R$ 4 milhões. Uma equipe de Londrina pretende ir a Brasília este mês para tentar, novamente, pedir o aumento no valor do repasse.

Por Guilherme Batista

Comentários