QUINTA, 28/01/2021, 19:18

Indústria paranaense foi responsável por quase 50% das vagas criadas no estado em 2020

E o setor campeão de empregabilidade no Paraná, com mais de 12.300 novos postos, foi a indústria de alimentos.

No total, o estado contratou no ano passado quase 53 mil trabalhadores, de acordo com os números divulgados nesta quinta-feira pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged. E com quase 25 mil novos postos de trabalho, a indústria foi o setor que mais criou empregos formais no Paraná em 2020. O estado foi o segundo a gerar mais vagas, ficando atrás apenas de Santa Catarina, que somou pouco mais de 53 mil postos no ano passado.

E 2020 também fechou com saldo positivo no país. Foram quase 143 mil novos empregos formais em doze meses. Destaque negativo para São Paulo, que perdeu 1.200 postos, e Rio de Janeiro, que fechou o ano com menos 127 mil vagas.

A tendência de recuperação do setor, depois do primeiro impacto do início da pandemia, quando várias indústrias suspenderam atividades e demitiram funcionários, já vinha se confirmando, principalmente a partir do meio do ano passado.

E as indústrias de alimentos foram, disparado, as que mais contrataram em 2020. No total, foram mais de 12.300 admissões entre janeiro e dezembro, com os segmentos da madeira e de móveis se destacando positivamente.

Dos 24 setores industriais avaliados, apenas cinco tiveram resultado negativo. No topo da lista, o segmento de confecções e vestuário, com perda de pouco mais de 4 mil vagas, e o automotivo, com 1.800 postos a menos.

O economista Evânio Felippe, da Fiep, diz que, apesar das perdas, a indústria, por ser considerada uma atividade essencial, sofreu menos com os impactos da crise que outros setores da economia.

Segundo o economista da Federação das Indústrias, a retomada na criação de vagas de empregos em 2021 aqui no estado está fortemente ligada a dois fatores, a velocidade da campanha de vacinação no país e a aprovação das Reformas Tributária e Administrativa.

Outro ponto essencial para uma retomada mais rápida dos empregos no país, segundo Evânio Felippe, seria o retorno dos programas de auxílio emergencial a empresas e cidadãos.

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