SEGUNDA, 26/10/2020, 17:01

Indústria paranaense mantém otimismo em alta pelo quinto mês seguido

Indicador que mede confiança dos empresários do setor atingiu em outubro o mesmo patamar de antes da pandemia.

Foi o quinto mês consecutivo que a pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria em parceria com a Fiep registrou um crescimento no otimismo do setor. O Índice de Confiança do Empresário Industrial chegou a 68,4 pontos em outubro, valor igual ao de fevereiro e muito próximo dos 68,9 pontos de dezembro de 2019 e de janeiro deste ano.

O indicador também ficou 3,6 pontos acima do valor de setembro, o que, segundo a Fiep, revela que há de fato uma alta gradual desde a retomada das atividades na indústria a partir do meio do ano. Outro dado que confirma o otimismo do empresário, de acordo com a Federação das Indústrias, é que o resultado de outubro no estado ficou acima da média nacional de 61,8 pontos. A última queda do Índice de Confiança do Empresário Industrial foi registrada em maio, no auge da crise gerada pela pandemia.

Um dos fatores que podem justificar o aumento da confiança foi detectado na Sondagem Industrial mensal, realizada nos estados pela CNI. A pesquisa revelou que 51% dos empresários paranaenses confirmaram uma evolução da economia e de suas empresas e 57% declararam ainda que estão confiantes nos próximos meses. O economista Evânio Felippe, da Fiep, avalia que à medida que o empresário tem acesso aos números do comércio, do setor de serviços e da retomada dos empregos, isso acaba se refletindo na percepção de que há realmente um cenário econômico mais favorável.

Mas, o economista alerta que a eleição presidencial nos Estados Unidos e uma possível troca no comando do país, além de uma escassez de matéria-prima em alguns setores, podem também afetar esse cenário positivo.

A grande dúvida do momento, explica Evânio Felippe, e que se reflete no comportamento de alguns mercados, é a segunda onda da Covid-19, que atingiu a Europa e trouxe novas restrições e fechamento de atividades no Reino Unido, França, Espanha, Alemanha e Itália, o que também pode dificultar processos aduaneiros e impactar o comércio exterior.

A pesquisa também mostrou que os empregos devem ser mantidos. Cinquenta e um por cento dos respondentes declararam que vão manter seu quadro e 48,6% devem aumentar.

Por fim, a Sondagem mostrou ainda a relação dos empresários com a busca por crédito. Vinte e sete por cento não recorreram ao mercado nos últimos três meses. Quase 30% disseram ser muito difícil conseguir os recursos e 27% consideram normal o processo nos bancos.

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