Julgamento do caso Eduarda Shigematsu é marcado para março de 2024 e será realizado em Londrina
Júri popular é do pai, acusado de matar e enterrar o corpo da própria filha, e da avó dela, que responde por ocultação de cadáver e falsidade ideológica. Crime aconteceu em abril de 2019 em Rolândia.
O júri popular do caso Eduarda Shigematsu tem uma nova data. A sessão será realizada no dia 7 março de 2024, a partir das 9h, no Fórum Criminal de Londrina, na avenida Tiradentes. A decisão é do juiz Paulo César Roldão, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). Serão julgados o pai de Eduarda, Ricardo Seidi, acusado de matar e enterrar o corpo da própria filha nos fundos de uma casa de sua propriedade, em Rolândia, em abril de 2019; e a avó da menina, Terezinha de Jesus Guinaia, que responde por ocultação de cadáver e falsidade ideológica. Seidi, que nega o assassinato, está preso desde o dia da descoberta do corpo de Eduarda. Já Terezinha responde às acusações em liberdade. Ela também nega as acusações.
Na decisão, o juiz agendou o julgamento e também designou o dia 2 de fevereiro de 2024, a partir das 15h, para o sorteio dos jurados. O processo será realizado de forma eletrônica, através do Sistema Projudi. O magistrado destaca, ainda, que “deverão ser seguidos rigorosamente os protocolos de segurança contidos nos Decretos Judiciários, sendo que poderá haver limitação do ingresso de espectadores” na sessão de julgamento. Por conta disso, a “publicidade do ato será garantida através da transmissão, ao vivo, da sessão de julgamento, pelo canal oficial do TJ-PR, no Youtube”. O juiz também requer, na decisão, a presença de policiamento no dia da sessão.
A data designada pelo TJ é uma de diversas marcadas pela Justiça desde o final do ano passado. Os reagendamentos são resultado de recursos apresentados pela defesa de Seidi, que, por conta da grande repercussão do caso e em busca de imparcialidade, solicitaram para que o júri fosse realizado fora de Rolândia, onde o crime foi registrado. O pedido de desaforamento, com a transferência para Londrina, foi aceito pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no início deste mês e colocado em prática pelo TJ, que, agora, agendou uma nova data para o julgamento.
A defesa de Seidi, no entanto, não se deu por satisfeita e apresentou um novo pedido à Justiça solicitando para que o júri seja realizado numa cidade ainda mais distante. Segundo o advogado Leonardo Valter, Londrina fica muito perto de Rolândia, e o julgamento, caso seja realizado na nova comarca, continuará a ser contaminado pela comoção gerada pelo crime.
O Ministério Público não concorda com o novo pedido da defesa e espera que o julgamento seja realizado na nova data definida pelo TJ, em março do ano que vem.