Equipes da Denarc, Divisão Estadual de Narcóticos, em Londrina, e da Polícia Civil de Santa Catarina realizaram uma megaoperação nesta quinta-feira (10) para desmantelar uma quadrilha de traficantes que, segundo as investigações, é suspeita de cometer diversos assassinatos no ano passado. A investigação teve início em março, depois do registro de um duplo homicídio em uma casa alugada na chamada Praia do Rosa, em Santa Catarina. Na ocasião, dois irmãos londrinenses, de 26 e 28 anos, foram executados a tiros por três homens armados na frente dos filhos e das esposas. Os assassinos, inclusive, segundo a polícia, usaram um drone para sobrevoar a residência e mapear a movimentação das vítimas antes da execução do crime.

Ainda no mês de março, outros dois homens foram assassinados dentro de uma BMW no jardim Califórnia, na zona sul. As mortes teriam sido planejadas pelo mesmo grupo responsável pelos assassinatos em Santa Catarina, segundo a polícia. Eles também teriam agido para assassinar um jovem no jardim Santiago, na zona oeste, no dia do aniversário dele, em maio do ano passado. Nesse mesmo mês, um outro homem foi executado a tiros na frente de um condomínio em Maringá pelos mesmos suspeitos.

Durante a operação desta quinta, 140 policiais foram às ruas para cumprir 38 mandados judiciais contra a quadrilha: 29 de busca e apreensão e outros nove de prisão, sendo que oito pessoas foram presas. Também foram apreendidos R$ 21 mil em dinheiro vivo, armas e munições e veículos blindados de luxo. De acordo com o delegado da Denarc em Londrina, Adilson José da Silva, os suspeitos que foram presos já eram velhos conhecidos da polícia, justamente por conta do envolvimento com o tráfico de drogas.

Entre os presos, destaque para o mandante dos assassinatos, que morava no Paraguai. Tanto é que as forças de segurança do país vizinho deram apoio à operação. Os agentes paraguaios cumpriram mandados judiciais na casa do suspeito, mas ele não foi encontrado por lá. O homem acabou sendo detido em Londrina, escondido na casa da mãe dele.

De acordo com o delegado da Polícia Civil de Santa Catarina, Juliano Baesso, também foi presa uma advogada que, segundo ele, seria esposa de um dos suspeitos e teria envolvimento direto no planejamento do duplo homicídio registrado na Praia do Rosa.

A investigação do caso deve continuar. A polícia quer identificar a participação de ainda mais pessoas nos assassinatos e confirmar o envolvimento de outros integrantes da quadrilha no tráfico de drogas.