SEXTA, 12/09/2025, 14:52

Ministério Público investiga empresários que tentaram aliciar jogadores do Londrina Esporte Clube para manipular partidas

Os acusados ofertaram R$ 15 mil a ao menos um jogador do clube paranaense para forçar um cartão amarelo em partida do Brasileirão

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná-PR deflagrou nesta sexta-feira (12) uma operação que investiga possíveis tentativas de aliciamento de atletas do Londrina Esporte Clube, equipe do norte do Paraná, visando a manipulação esportiva no Campeonato Brasileiro da Série C.

Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e dois mandados de busca pessoal em dois estados, nos municípios de Salvador (BA) e Itapema (SC), onde moram os dois investigados.

A tentativa de aliciamento teria ocorrido pouco antes do início da partida válida pela terceira rodada da competição, entre o Londrina, que foi mandante, e a equipe do Maringá Futebol Clube. O jogo disputado no estádio Vitorino Gonçalves Dias (VGD) no dia 26 de abril terminou empatado em 1 a 1.

Segundo apurou o Ministério Público, três jogadores do Londrina foram abordados pouco antes da partida por meio de redes sociais, e pelo menos um deles teve uma oferta para receber R$ 15 mil para forçar um cartão amarelo em campo antes dos 27 minutos.

Segundo o promotor de Justiça Jorge Fernando Barreto da Costa, a investigação foi iniciada após denúncia feita pelo Londrina Esporte Clube junto à CBF, que encaminhou as informações para a delegacia de Polícia Federal em Londrina, cidade que sediou a partida.

Nenhum acusado foi preso até o momento, mas foram apreendidos celulares e outros materiais que vão ajudar a esclarecer as circunstâncias do aliciamento e se pode haver mais pessoas envolvidas na prática.

Após a operação do Ministério Público, o Londrina Esporte Clube convocou uma coletiva de imprensa no estádio Vitorino Gonçalves Dias. Segundo o executivo de futebol do Tubarão, Lucas Magalhães, as abordagens foram feitas pelos acusados a 3 jogadores por meio de redes sociais.

O Londrina não revelou o nome dos jogadores envolvidos, mas confirmou que eles estavam relacionados para a partida. Segundo Lucas Magalhães, os próprios jogadores comunicaram a diretoria sobre o aliciamento, e nenhum dos 3 denunciantes tomou cartão amarelo durante o jogo contra o Maringá.

Segundo o Ministério Público, as operações visam combater os crimes contra a incerteza do resultado esportivo, que estão descritos na Lei Geral do Esporte, e têm penas que podem variar de dois a seis anos de reclusão, além do pagamento de multa.

Por Fernando Bianchi

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