SEGUNDA, 29/06/2020, 18:30

Ministério Público quer 'lockdown' para duas regiões do estado

Na Ação Civil Pública protocolada nesta segunda-feira na justiça, promotores alegaram situação epidemiológica gravíssima e pediram paralisação completa das atividades não essenciais por 15 dias.

Assinam o documento, os promotores Marcelo Maggio, representando a região leste do estado, Angelo Santana Ferreira, da região Oeste, Michele Nader, Noroeste, e a promotora de Saúde Pública aqui de Londrina, Susana de Lacerda, representando o norte. A justificativa para a Ação Civil Pública foi a situação da pandemia no estado, classificada pelos quatro promotores como "gravíssima".

Na ação, o MP pede a adoção, por 15 dias, do chamado lockdown, com o fechamento total das atividades não essenciais, senão em todo o estado, apenas nas regiões Leste e Oeste, por conta da “situação epidemiológica gravíssima” e com isso se consiga frear o avanço da Covid-19 e o colapso do sistema de saúde.

Os promotores citaram os números da doença no Paraná no início de maio, quando eram 1.627 casos e 101 mortes, e os dados do último domingo, 28 de junho, quando o Paraná já tinha mais de 20.500 casos e 586 óbitos. E falaram das dificuldades em comprar insumos para o tratamento dos pacientes com a Covid-19 e da taxa crescente de ocupação de leitos em todo o estado.

Na Ação Civil Pública, os promotores reconheceram as dificuldades econômicas e financeiras causadas pela pandemia, mas reafirmaram que a única medida que pode conter o aumento do número de casos é o isolamento social e citaram um dado de sábado passado, quando o estado registrou índice de apenas 37%.

No documento, o MP diz ainda que as medidas adotadas pelo Governo do Estado até agora não foram suficientes para garantir a saúde dos paranaenses e que os indicativos epidemiológicos mostram um enfrentamento da pandemia que ruma para o caos sanitário.

Os quatro promotores solicitaram a proibição em todo o estad de eventos que possam gerar aglomeração, inclusive os promovidos por igrejas. Além do fechamento de shoppings centers, galerias e academias. A Ação Civil Pública foi distribuída para a 4ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba.

Fizemos contato com a Secretaria Estadual de Saúde, mas até o fechamento da reportagem, não tivemos retorno.

 

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