SEGUNDA, 05/07/2021, 15:53

ONG MAE, IAT e Polícia Ambiental fazem força-tarefa para capturar tamanduá-bandeira na zona norte de Londrina

Animal, que corre risco de extinção, foi encontrado em mata nos arredores do lago Cabrinha e encaminhado para o Hospital Veterinário da Unifil, onde vai passar por tratamento antes de ser devolvido à natureza.

Biólogos da ONG Meio Ambiente Equilibrado (MAE), fiscais do Instituto Água e Terra (IAT) e policiais militares ambientais fizeram uma força-tarefa no domingo (5) para capturar o tamanduá-bandeira que já há algumas semanas usava como moradia uma área de vegetação localizada nos arredores dos lagos Norte e Cabrinha, na zona norte de Londrina. Alguns vídeos divulgados nas redes sociais mostram o animal, que corre risco de extinção, andando tranquilamente pelo gramado e até pelas ruas e avenidas que ficam no entorno dos lagos. A equipe usou uma espécie de rede para imobilizar o animal, que também foi sedado. Depois disso, descobriu-se que é uma fêmea de tamanduá, que ela pesa 35 quilos e, felizmente, está bem de saúde. O IAT encaminhou o animal ao Hospital Veterinário da Unifil na manhã desta segunda-feira (5). Ela deve passar por um tratamento e, nos próximos dias, ser encaminhada para uma área de conservação de cerrado, que é o seu habitat natural. O biólogo da ONG MAE, Eduardo Panachão, falou um pouco mais sobre o trabalho de resgate, ressaltando a importância da captura para evitar com que a tamanduá fosse vítima de alguma ação externa.

Panachão também disse não entender como é que a tamanduá veio parar na área urbana de Londrina. O biólogo adiantou, entretanto, que ela não é o primeiro animal silvestre do cerrado encontrado na região nos últimos tempos, lembrando da raposa que invadiu um comércio atrás de comida na área central de Londrina em abril, e também do lobo-guará resgatado de uma obra em Nova Santa Bárbara há cerca de um ano. Na avaliação do especialista, os casos, praticamente um seguido do outro, demonstram as dificuldades que esses animais têm enfrentado para encontrar comida e moradia por conta da falta de áreas de vegetação, que, segundo ele, estão cada vez mais escassas em todo o estado.

Por Guilherme Batista

Comentários