SEXTA, 09/04/2021, 14:13

Ônibus do transporte coletivo param em Londrina nesta sexta-feira

Com salários em atrasos, motoristas cruzam os braços e 100% dos veículos estão parados desde a madrugada nas garagens das empresas

Os motoristas de ônibus  se reuniram de madrugada desta sexta-feira em frente as garagens da TCGL e da Londrisul e decidiram cruzar os braços por conta do não pagamento do salários que estava programado para cair quarta-feira, que foi 5º dia útil do mês.

Não houve consenso mesmo após duas rodadas de negociações nesta semana entre o Sinttrol, sindicato que representa a categoria, diretores das empresas, prefeitura de Londrina, encontros intermediados pelo Ministério Público do Trabalho.

Segundo o presidente do Sintroll, José Faleiros, os motoristas da TIL que fazem o transporte metropolitano também ameaçaram parar, porém nas primeiras horas da manhã, após acordo com a empresa retomaram o serviço gradativamente depois que a empresa se comprometer a efetuar depósito na próxima segunda-feira  do restante do salário de março

Segundo o sindicato, a paralisação foi o último recurso adotado já que tanto a prefeitura de Londrina quando as operas não chegam a um acordo sobre a responsabilidade sobre a situação financeira do transporte público. Feleiros frisou que os motoristas só devem voltar ao trabalho quando o salário for depositado, como ocorreu  em janeiro quando os motoristas da TCGL só retornaram ao serviço quatro dias depois quando a empresa regularizou o pagamento em atraso.

Sem ônibus, o  terminal central estava  vazio e os trabalhadores que foram pegos de surpresa buscavam alternativas por caronas e aplicativos uma para chegar ao trabalho. Foi o caso do eletrecista, Robson Alves que veio de Jataizinho para embarcar do centro para a zona sul

A diarista Marli Batista também foi pega de surpresa e encontrou dificuldade para achar um meio de locomoção até a zona norte de Londrina.

Para os motoristas de aplicativos a sexta-feira foi de muito movimento com aumento da demanda os valores da corridas também sobem, mas os passageiros ficam na bronca por pagar o dobro do preço, citou o motorista Fabio Aparecido.

As empresas do transporte coletivo TCGL E Londrisul encaminharam nota conjunta à imprensa alegando perdas financeiras irreparáveis há 13 meses por conta da pandemia. As operadoras cobram da Prefeitura de Londrina um aporte ou um subsídio já há um desequilíbrio que as impedem de honrar com seus compromissos, diz a nota.   Estudos das empresas apontam que antes da pandemia 125 mil passageiros por dia, mas durante pandemia, despencou para 50 mil todos os dias.

Em nota, a prefeitura de Londrina, por meio da CMTU, informou que tem feito intervenções diárias para buscar o equilíbrio entre a redução do número de passageiros e a oferta do serviço.  O Executivo informou que realizou a antecipação de valores na ordem de R$ 6 milhões nos três primeiros meses de 2021.

A CMTU ressaltou na nota que espera que as empresas honrem e tenham a sensibilidade de efetuar o pagamento dos salários dos motoristas ainda nesta sexta-feira.  A direção da CMTU diz que as concessionárias já foram notificadas pela manutenção da operação conforme contrato vigente, sob risco de aplicação das sanções cabíveis

Por Guilherme Marconi

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