TERCA, 14/11/2023, 12:05

Operação do Gaeco mira grande traficante de Londrina que comandava crimes de dentro de um condomínio de luxo

17 mandados de prisão e mais de 90 de busca foram cumpridos em  seis municípios do Paraná, além dos estados de Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás. O líder criminoso é acusado de esquema que incluía agiotagem, comércio ilegal de armas e lavagem de dinheiro com movimentação de R$600 mil por semana.  

A Operação Engenho, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado), cumpriu 93 mandados de busca a apreensão e 17 de prisão temporária em seis municípios do Paraná na manhã desta terça-feira (14), além dos estados de Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás. A vara criminal de Cambé também expediu o bloqueio de 12 imóveis de luxo, incluindo um apartamento no Balneário de Itapema, no litoral catarinense, avaliado em R$ 2 milhões que foi lacrado por ordem judicial.

                As apurações da Mega Operação tiveram início em 2022, quando o Gaeco constatou que Carlos Alberto Rodrigues Junior, com o codinome Zoio, comandava o esquema de tráfico de drogas em Londrina mesmo com condenação criminal e estando foragido da Justiça. O criminoso atuava com escritório montado dentro de condomínio de luxo em Cambé, região de Londrina.  O grupo ainda é acusado de comércio ilegal de armas de fogo e operacionalizava um esquema de agiotagem.

O promotor de Justiça, Leandro Antunes, explica que o dinheiro oriundo das atividades ilícitas era lavado sob liderança do traficante do Londrina na compra de imóveis de luxo.

Esse esquema descoberto pelo braço do Ministério Público com uso de “laranjas” movimentava aproximadamente R$ 400 mil por semana em agiotagem e outros 200 mil em tráfico, cerca de R$ 2,4 milhões por mês.  

O promotor informa que esquema encabeçado pelo traficante de Londrina envolvia ao menos 37 pessoas investigadas até agora. Durante a operação, foram apreendidos dólares, veículos, apartamentos, além de celulares e computadores e documentos que servem para análise que vão subsidiar a denúncia.

A defesa do líder criminoso preferiu não se posicionar sobre a Operação Engenho até o conhecimento do teor do inquérito.

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