Paraná começa a preparar equipes para o início da vacinação contra o coronavírus
Secretário estadual de Saúde garante que campanha vai começar ainda este mês, obedecendo ao plano nacional de imunização. Paranaenses devem receber doses da vacina de Oxford, provenientes da Fiocruz, e também da chinesa Coronavac, do Instituto Butantan.
As equipes técnicas de todas as 22 regionais de saúde do Paraná começaram a passar por uma capacitação nos últimos dias visando a vacinação contra o coronavírus, que, segundo o próprio governo, vai ter início até o próximo dia 25 em todo o estado. Os servidores, por exemplo, já fizeram o cadastro prévio no sistema do Ministério da Saúde responsável por permitir o acesso às informações do módulo da Covid-19 no programa nacional de imunizações.
Para a campanha nacional de vacinação contra a doença, o chamado DATASUS, do Ministério da Saúde, desenvolveu um módulo especial para receber os dados de todos os estados, e que contempla informações como registro de vacinados, público-alvo, origem e lote de vacinas, entre outras. Vai ser preciso, por exemplo, fazer o registro da dose de forma nominal e individualizada.
A ideia do Estado é se antecipar à chegada das doses, que, pela previsão do Governo Federal, devem começar a ser liberadas ainda esta semana. A logística para o transporte das vacinas, que devem ser enviadas a Curitiba, também já está pronta, conforme o governo estadual.
Segundo o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, vão ser criados, ao todo, 1.850 pontos de vacinação para atender o paranaense. Ainda vão ser definidos os detalhes de como a campanha vai funcionar, uma vez que vai ser preciso evitar as aglomerações nas unidades de saúde. Apesar disso, ele garantiu que o estado já conta com todos os insumos necessários para realizar a campanha.
Já em relação às vacinas a serem utilizadas, Beto Preto lembrou que, na última semana, esteve com o governador Ratinho Junior visitando as instalações dos laboratórios da Fiocruz, no Rio de Janeiro, e pôde conferir de perto a estrutura para o preparo das doses desenvolvidas pela Universidade de Oxford, do Reino Unido, em parceria com a empresa AstraZeneca. A FioCruz, inclusive, encaminhou um ofício na última sexta à Anvisa solicitando uma autorização emergencial para o uso da vacina em território brasileiro. O Instituto Butantan, responsável pela CoronaVac, já tinha feito o mesmo. A resposta aos pedidos deve sair em dez dias.
O secretário destacou que o Paraná deve receber parte da primeira leva de doses tanto da Fiocruz como do Butantan. O número total, no entanto, ainda não foi definido. Apesar disso, ele detalhou parte da programação, citando que a vacinação vai começar pelos profissionais da área da saúde.
Beto Preto destacou também que, enquanto a vacina não chega, os cuidados precisam continuar redobrados contra a doença no estado. Ele lembrou que o governo resolveu prorrogar o chamado toque de recolher até o dia 31 de janeiro, e que o estado pode registro uma aumento exponencial no número de casos nos próximos dias por conta dos excessos cometidos pela população durante as festas de final de ano.