QUINTA, 19/09/2019, 18:34

Paraná deve perder quase 20% da safra de trigo

No norte central e norte pioneiro, responsáveis por mais de 20% do grão cultivado no estado, problema foi a estiagem prolongada.

Foi um ano difícil para as lavouras de trigo do estado, principalmente, por causa da falta de chuva, e no caso da região oeste e parte da área central, das geadas. Maior produtor nacional do grão, a estimativa é de que o Paraná registre uma perda de quase 20% da safra esse ano. A previsão de colheita do Deral, o Departamento de Economia Rural da Secretaria Estadual de Agricultura, que era de 3,2 milhões de toneladas deve ser de apenas 2,7 milhões de toneladas.

O agrônomo do Departamento, Hugo Godim, diz que esse percentual de quebra pode crescer ainda mais quando for feita a revisão dos números da safra no fim de setembro, por conta da possibilidade de perdas maiores causadas pela estiagem prolongada aqui na região norte.

Pouco mais de 40% da produção paranaense já foi colhida. O agrônomo diz que, apesar da falta de chuvas aqui no norte paranaense, a região foi uma das menos prejudicadas. No oeste e parte da área central do estado, segundo Godim, além da seca houve também as geadas. As duas regiões foram as que mais tiveram impacto nas perdas registradas.

Hugo Godim explica que mais de 30% da produção de trigo paranaense vem dos Campos Gerais e do Centro Sul, que não sofreram tanto com a seca e as geadas, e que se isso tivesse ocorrido as perdas seriam ainda maiores.

De acordo com o agrônomo, entre as cidades aqui da região, os principais produtores são Londrina e Tamarana. Segundo Godim, o norte central e o norte pioneiro são responsáveis por mais de 20% do trigo cultivado no estado.

Segundo o agrônomo, o tamanho da área plantada vem se mantendo em mais ou menos 1 milhão de hectares. O problema é a produtividade, que vem caindo em função das variações climáticas.

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