TERCA, 23/02/2021, 17:30

Paranaenses começam o ano com dificuldades para quitar dívidas

 De acordo com uma pesquisa da Fecomércio, o percentual de pessoas endividadas baixou e o número de pessoas que não conseguem pagar as dívidas aumentou. 

A pesquisa da Fecomércio revela um cenário preocupante. Menos famílias estão fazendo dívidas, ou seja, deixando de utilizar crédito para consumir produtos de maior valor agregado. Por outro lado, o percentual de endividados com contas em atraso e que não terão condições de pagar voltou a crescer, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), além da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). Segundo Rodrigo Rosalém, diretor da Fecomércio, o número de endividados que estão com os pagamentos em atraso foi de 26,3% em janeiro, contra os 25,7% registrados em dezembro. Já os que afirmam que não terão condições de quitar seus débitos correspondiam a 11,9% em janeiro, ante os 10,6% em dezembro do ano passado.

O fim do pagamento do auxílio emergencial é apontado com o um dos fatores que levaram ao aumento da inadimplência. Outro motivo apontado é o excesso de gastos das famílias no fim ano. A maior parte das dívidas se concentra no cartão de crédito, com 73,8%, outros motivos que levaram os paranaenses a permanecer endividados foram o financiamento imobiliário, com 8,5%, e o financiamento de veículo, com 7,6%. Outra forma de dívida foram as compras nos carnês, com 4,9% em janeiro. O tempo médio de comprometimento com dívidas foi de seis meses em janeiro, sendo que a maior parte delas, 51,3%, são contraídas por até três meses, explica Rosalém.

A pesquisa da Fecomércio é feita mensalmente a partir de entrevistas com aproximadamente 500 famílias.

Por Livia de Oliveira

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