Internos da penitenciária de Piraquara 2 escreveram uma carta aberta, em nome da massa carcerária, reclamando de abusos físicos e psicológicos que, segundo eles, vêm ocorrendo diariamente. Entre os abusos, são citados bombas de gás, tiros com balas de borracha, spray de pimenta, chutes e socos por parte do Setor de Operações Especiais (SOE) e dos Grupos de Segurança Interna (GSI). Paralelamente, parentes de pessoas encarceradas viajaram para Curitiba, para reivindicar ao Departamento Penitenciário o retorno das visitas presenciais. As famílias foram de ônibus e acamparam em frente ao Palácio do Governo. Uma das mulheres do grupo, Nayara Paola Falcão, diz que esse é o terceiro acampamento e que as reivindicações são as mesmas.

O ônibus com os parentes dos encarcerados saiu de Londrina sábado. Os manifestantes afirmam que só encerrarão o protesto quando obtiverem respostas convincentes.

As visitas presenciais aos presos estão suspensas devido à pandemia do novo coronavírus. Solicitamos ao Depen e à Secretaria de Segurança Pública um posicionamento, mas eles não retornaram até o início da noite desta segunda-feira.